Foto: C.M.Redondo

Considerada uma das principais manifestações culturais do Alentejo, a tradição, promovida pelo município, tem periodicidade bienal, e a câmara municipal revelou hoje que o evento pretende colocar a vila do distrito de Évora “no mapa dos locais de passagem obrigatória neste verão”.

A edição deste ano, que vai decorrer entre 02 e 10 de agosto, conta com 25 ruas ornamentadas com temáticas diferentes, que, segundo os promotores, desafiam os visitantes “a mergulhar num mundo de fantasia”.

A ornamentação das ruas da vila alentejana envolve, de acordo com a organização, "um trabalho voluntário de criatividade e imaginação” que ocupa algumas centenas de pessoas durante alguns meses, além de toneladas de papel e outros materiais, como cartão e madeira, que a autarquia adquire.

O município realça que “esta manifestação cultural conseguiu afirmar-se, e é hoje uma das tradições com mais notoriedade a nível nacional, cuja organização envolve centenas de habitantes locais que dão as mãos à criatividade, fazendo jus a um trabalho que é arte pura”.

O cartaz de espetáculos do evento, com entrada livre, inclui atuações da espanhola Edurne (dia 02 de agosto), Filarmónica União Montoitense com Bandidos do Cante e João de Campos (03) e Cantadores do Redondo e Buba Espinho (04).

No dia 05 de agosto sobe ao palco Emanuel, e nos dias seguintes vão atuar os Tomba Lobos, que convidam o grupo Galandum Galundaina (06), Cantadeiras de Redondo, Filarmonia Campaniça, Raia, Celina da Piedade, Ana Santos, Banda da Sociedade Filarmónica Municipal Redondense e Coro e Banda Filarmónica do Grupo União e Recreio Azarujense (07), Hangover Band (08) e Diogo Piçarra (09).

Para o dia 10 está agendado um festival de folclore e a animação musical inclui ainda atuações de DJ.

Depois de um longo interregno, o município retomou há 32 anos as tradicionais festas populares da vila, em que a população ornamenta as ruas com figuras, flores e outros motivos em papel colorido. A entrada é livre.

Os temas escolhidos pelos moradores, considerados autênticos artistas, são os mais variados, desde motivos etnográficos e florais até histórias imaginárias e exóticas, num evento que "abrange uma área grande da vila".

Cada rua apresenta um tema diferente, escolhido livremente pelos moradores, que o mantêm em segredo até ao dia da saída do programa.

Os registos escritos mais antigos indicam que a ornamentação das ruas remonta a 1838, tendo passado a ter caráter bienal em 1998.


Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.