Os médicos que trabalham nas urgências do hospital “já não regressarão ao serviço, a partir do dia 15 seguda -feira, porque há atrasos no pagamento de salários”, afirmou à agência Lusa o parlamentar comunista.

João Dias adiantou que os clínicos da unidade hospitalar vão “gozar 15 dias de férias” na segunda quinzena deste mês e “já não regressam em setembro”, salientando que a situação “inviabiliza, por completo, o funcionamento da urgência”.

Recorde-se que já, esta semana, João Dias, em declarações ao O ATUAL afirmou que a Unidade de Convalescença e Cuidados Paliativos, a funcionar no Hospital de S.Paulo, em Serpa poderá vir a encerrar, seguindo o “caminho” da Unidade de Cuidados Continuados de Garvão que fechou portas no início deste ano.

A Lusa tentou contactar o provedor da SCM de Serpa, mas as várias tentativas revelaram-se infrutíferas.

Nas declarações à Lusa, o parlamentar comunista revelou que já pediu reuniões, com caráter de urgência, à Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo à Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

“São estas as entidades que têm a responsabilidade de acompanhar a execução do acordo de transferência [da gestão do hospital], de fiscalizar e monitorizar e fazer auditorias” ao funcionamento da unidade hospitalar, assinalou.

Salientando que quer conhecer os resultados das auditorias, João Dias considerou que, “face ao incumprimento, que tem sido reiterado, por parte da SCM de Serpa, há todas as condições para reverter o hospital para gestão da ULSBA”.

“A visão que temos para o hospital é que ele não é um peso para o serviço de saúde no nosso distrito, mas sim uma oportunidade para melhorar as condições de acesso à saúde na margem esquerda do Guadiana e no próprio distrito”, referiu.

O Hospital de São Paulo, em Serpa, passou a ser gerido pela SCM local em 01 de janeiro de 2015 e por 10 anos, ao abrigo de um acordo assinado em 2014 entre a instituição, a ARS do Alentejo e a ULSBA.

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