De acordo com a CDU, o PS local terá rejeitado uma proposta de entendimento que assegurava uma composição equilibrada e representativa do resultado das últimas eleições autárquicas. Recorde-se que a CDU foi a força mais votada, elegendo o Presidente da Junta e três mandatos, enquanto o PS obteve quatro eleitos e o CHEGA apenas um.

A proposta apresentada pela CDU previa um executivo composto pelo Presidente da Junta (CDU), um eleito da CDU e um eleito do PS, além de propor que o PS assumisse a presidência da Mesa da Assembleia de Freguesia, “um cargo de relevo e de grande responsabilidade democrática”.

Segundo a CDU, o PS rejeitou esta solução, “optando por incluir no executivo o único eleito do CHEGA”, numa decisão que o partido classifica como “uma clara distorção da vontade popular”. A Coordenadora sublinha ainda que, enquanto a CDU defendia a integração dos três primeiros eleitos, o PS terá proposto “a entrada do nono e último eleito”, o que considera “um gesto revelador do oportunismo político” dos socialistas.

No comunicado, a CDU acusa o PS de “distorcer os resultados eleitorais, desrespeitar a soberania popular e demonstrar um oportunismo sem limites”, lamentando que um partido que a nível nacional “rejeita qualquer entendimento com o CHEGA” seja localmente “o primeiro a promovê-lo e de forma totalmente desnecessária”.

A estrutura comunista considera esta atitude “um atentado à ética democrática e à coerência política”, reafirmando o seu compromisso “com os ferreirenses, com a verdade eleitoral e com os valores democráticos” e rejeitando “qualquer conivência com manobras de bastidores que apenas servem interesses partidários e pessoais”.

Em nota de imprensa, a candidatura do PS em Ferreira do Alentejo afirma que “a composição equilibrada da Junta não envolve qualquer acordo político-partidário, mas apenas a participação nos órgãos das pessoas que foram eleitas pelo povo e que devem agora trabalhar conjuntamente para o exercício dos mandatos”.

O PS lamenta que a cabeça de lista da CDU, “esteja a ser manipulada partidariamente, sem autonomia de ação, e não consiga consensualizar uma solução de acordo com a situação minoritária em que se encontra”.

 

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