A revelação é feita, em nota de imprensa, onde é também afirmado que “este sítio arqueológico é conhecido desde o século XVIII, quando foram descritas algumas lendas sobre ele, sendo que uma referia que foi neste local que se tentou edificar a cidade de Beja, e que dessa jornada apenas sobreviveram os alicerces da muralha e o nome Mombeja, derivado de Montes de Beja.”

Ainda de acordo com a nota de imprensa “após um primeiro estudo científico em 1977, o Outeiro do Circo só viria a ser alvo de escavações arqueológicas a partir de 2008, no âmbito de projetos de investigação que se mantêm até à data” e “as escavações dos últimos 3 anos incidem sobre um troço de muralha que tem surpreendido pelo seu bom estado de conservação e que revela soluções construtivas engenhosas com 3000 anos, como a existência de plataformas de terra batida, rampas de barro cozido e muros de pedra com possíveis paliçadas.”

É ainda afirmado que “a área da muralha também tem surpreendido pela grande quantidade de materiais arqueológicos recolhidos, sobretudo fragmentos de cerâmica e ossos de animais, que serão devidamente estudados ao longo dos próximos meses para nos revelarem mais dados sobre o modo de vida destas populações.”

O Outeiro do Circo é um dos maiores povoados da Idade do Bronze conhecidos na Península Ibérica, com cerca de 17 hectares, e o elemento que mais se destaca é a muralha, que ainda hoje o rodeia na quase totalidade, oculta sobre denso arvoredo, numa extensão de perto de 2 km e que possui uma grande complexidade, quer ao nível das técnicas de construção, quer na forma como ocupou o topo da colina, com troços de dupla linha de muralha ou bastiões circulares que defendem a zona de entrada. 

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