Do caderno reivindicativo para o próximo ano, entregue aos recursos humanos da Sonae por dirigentes e delegados do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp), faz ainda parte a fixação do subsídio de alimentação em 10 euros/dia e a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem redução de salário.

A promoção automática dos operadores de armazém e loja até à categoria profissional de operador principal e integração dos trabalhadores da Wells na carreira de técnico, “com a garantia da diferenciação salarial dos diferentes níveis e categorias considerando a antiguidade sem discriminações”, é outro dos pontos constantes do documento, a que a agência Lusa teve acesso.

O Cesp reclama também a atribuição de um subsídio para todos os funcionários que laboram em postos de trabalho com temperaturas controladas, no valor de 15% da remuneração base, e “horários humanizados que permitam a conciliação da vida profissional com a familiar e pessoal, em estrito cumprimento do CCT [contrato coletivo de trabalho] no que concerne à organização do tempo de trabalho”.

A passagem a efetivos de todos os trabalhadores com vínculos precários que exercem funções de caráter permanente, a contratação de mais funcionários, “garantindo nas lojas um mínimo de um trabalhador por balcão de atendimento”, e o investimento em infraestruturas para permitir aos trabalhadores “descansar e fazer a sua refeição” são outras das reivindicações feitas.

No que se refere aos benefícios sociais dos trabalhadores, é reclamado um reforço das atuais condições, nomeadamente um desconto de 15% (sem teto) em compras nas lojas do grupo Sonae, a extensão do seguro de saúde aos filhos até 18 anos sem custos e a dispensa remunerada ao trabalho no dia de aniversário do trabalhador ou no dia de aniversário dos filhos até aos 18 anos, inclusive, a atribuição de um cartão presente de 80 euros no mês de setembro para apoio aos pais com filhos em idade escolar e a reposição de descontos para o agregado familiar dos trabalhadores nas clínicas Dr. WELLS.

A Sonae MC, dona do Continente, lamentou as reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que disse não representar os colaboradores da empresa.

“O caderno reivindicativo apresentado hoje (terça-feira) é da responsabilidade de um dos sindicatos do setor da distribuição – CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal -, pelo que não representa a MC ou os seus colaboradores”, apontou a empresa do universo Sonae, numa nota enviada à Lusa.

Conforme precisou, a representatividade da MC neste sindicato é inferior a 1%.

“A MC tem mantido, desde sempre, uma postura dialogante com os sindicatos afetos ao setor”, vincou.

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