A Associação de Pais afirma que “mesmo vivendo num território que enfrenta um repto demográfico enorme, tem sido possível ter um número considerável de alunos no primeiro ano do ensino básico.”

Em nota de imprensa, é  revelado que “foram inscritos, pelos pais e encarregados de educação, no 1º ano do ensino básico desta escola, 61 alunos, sendo 45 em idade escolar obrigatória e os restantes 16 em situação condicional, o que permitiria a abertura de três turmas homogéneas de 1º ano, num total de 11 turmas do 1º ciclo do ensino básico, numa escola com capacidade para acolher 12 turmas."

Depois de várias tentativas de comunicação com a DGEstE e reuniões com a direção do agrupamento escolar, a Associação de Pais diz que foi “informada da limitação à abertura de apenas 10 turmas do 1º ciclo do ensino básico, o que se traduz na criação de apenas duas turmas homogéneas do 1º ano, atingindo o limite máximo de alunos, sendo os restantes alunos (1 em idade obrigatória e restantes em idade condicional) distribuídos por turmas de outros anos do ensino básico” ou seja “a solução cria turmas mistas, na sua capacidade máxima.”

A Associação discorda desta solução, considera que “mesmo no cumprimento da lei, existindo um número tão expressivo de alunos, seria possível acomodar a totalidade destes em 3 turmas” e acrescenta que “a criação de turmas mistas não favorece a aprendizagem das crianças, nem o normal funcionamento das dinâmicas de sala de aula. Pelo contrário, potencia o agravamento do insucesso escolar numa escola do Território Educativo de Intervenção Prioritária.”

Para além da carta aberta onde é pedida intervenção do Ministro da Educação na resolução desta situação, a Associação de Pais, em conjunto com as famílias visadas, expressa ainda publicamente “o profundo descontentamento com a situação proporcionada por uma lei que trata as crianças como números e ignora as verdadeiras necessidades de cada uma.”

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