Que desafios e oportunidades existem para que a pecuária extensiva continue a contribuir para a biodiversidade e soberania alimentar, no sul da Europa? Como pode esta prática estar melhor adaptada às alterações climáticas? De que forma contribui para a mitigação? Estas são algumas das questões que vão estar em destaque no seminário online, que decorre das 9.00 às 12.00 horas, organizado no âmbito do projeto LIFE LiveAdapt.

O seminário conta com dois membros do Parlamento Europeu, Isabel Carvalhais (PT) e Maria Eugenia Palop (ES), sobre os seus esforços para o reconhecimento da pecuária extensiva enquanto motor de desenvolvimento rural. Serão apresentados os resultados do projeto LiveAdapt e, com a presença de dois representantes da Comissão Europeia, das Direções-Gerais de Clima e da Agricultura, será discutido o papel da pecuária extensiva no cumprimento das metas europeias para a Biodiversidade, Clima e para a estratégia do Prado ao Prato.

O seminário é organizado pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), no âmbito do projeto LIFE LiveAdapt, financiado pelo programa LIFE da União Europeia.

De acordo com a ADPM “os sistemas pecuários de produção extensivas contribuem para a sustentabilidade e qualidade ambiental de muitos habitats na Europa, promovendo a biodiversidade, respeitando o bem-estar animal, conservando a paisagem e o património cultural. São também uma ferramenta na mitigação dos efeitos das alterações climáticas, através do importante papel que as pastagens desempenham no sequestro de carbono, tanto na vegetação como no solo, quando o pastoreio é gerido de forma adequada.”

É ainda afirmado que “apoiar estes sistemas de produção, tem um contributo direto na segurança e soberania alimentar, já que permite a criação de produtos de elevada qualidade, com uma baixa utilização de insumos externos ao território, e tem um papel fundamental na revitalização económica das zonas rurais.”

Segundo a ADPM, “durante quatro anos, o projeto LiveAdapt, financiado pelo programa LIFE da União Europeia, trabalhou para a valorização dos produtos de pecuária extensiva e testou ferramentas inovadoras para a sua adaptação às alterações climáticas, em áreas piloto de Portugal e Espanha.”

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