Este novo espaço vai “dar contributos para aumentar a informação” aos imigrantes sobre “trabalho digno” e sobre “habitação digna”, afirmou a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira.

A governante falava à agência Lusa no final da assinatura do protocolo de cooperação assinado entre a Câmara de Beja e o Alto Comissariado para as Migrações para a instalação de uma extensão deste centro nacional naquela cidade alentejana.

Segundo a secretária de Estado, o espaço vai ser “uma extensão do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes de Faro”, com uma equipa de seis técnicos, para dar apoio “às populações imigrantes, portuguesas ciganas e refugiadas de todo o distrito”.

Questionada sobre se dará resposta aos problemas relacionados com as condições precárias de trabalho e de habitação de imigrantes, nomeadamente no concelho de Odemira, a governante respondeu que terá de ser “um trabalho sempre em parceria”.

“É um trabalho que apenas resulta quando é em colaboração com a câmara, com os proprietários, com os empregadores e empresários e, neste caso, com o Alto Comissariado para as Migrações”, sublinhou.

“Não é uma responsabilidade única de um organismo. Só funciona quando é a nível do Governo, administração locais, empresários e associações”, insistiu.

Cláudia Pereira revelou que “vários tradutores do Alto Comissariado para as Migrações têm dado apoio, desde há cerca um mês e meio, em Odemira”, em parceria com a ‘task force’ local, criada na sequência da situação epidemiológica do concelho.

Segundo a governante, o concelho de Beja tem cerca de “14 mil imigrantes”, o que representa “10% da população” deste território, pelo que foi “uma das razões” da criação da extensão do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes.

“Tendo em conta a dimensão da população portuguesa cigana e também a população imigrante, precisávamos de ter uma abordagem de maior proximidade dos serviços”, explicou a responsável pelas pastas da integração e das migrações.

Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, destacou que se trata de “um serviço integrado” para a “solução dos problemas da comunidade imigrante no território, não de forma pontual e esporádica, mas de forma permanente”.

O autarca disse que o serviço vai ser instalado num edifício, situada na rua Luís de Camões, que “pertencia ao Ministério da Agricultura” e que ainda “tem de ser disponibilizado” pelo Estado à Câmara de Beja.

“Quando o edifício nos for cedido, vai ter uma pequena intervenção, nomeadamente ao nível do chão, da pintura e da rede elétrica”, referiu, esperando que o imóvel possa chegar à posse do município “no final deste mês”.

Foto: C.M.Beja

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