O sindicato convocou o Conselho Geral para 15 de dezembro que, segundo a líder do sindicato, Ana Gamboa, em declarações à Lusa, "pode" deliberar essa continuidade, tudo dependendo da resposta aos protestos que, até ao momento, não motivou qualquer contacto da tutela para resolver os motivos da paralisação, como a demora na regulamentação da revisão das carreiras ou o funcionamento e perda de autoridade da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

"Se até dia 15 [dia da reunião nacional do sindicato] não tivermos evolução, podemos tomar medidas para dar continuidade ao protesto", afirmou Ana Gamboa, ressalvando esperar que o silêncio do Governo signifique estar a tratar da regulamentação do diploma das carreiras.

O balanço do sindicato da greve de cinco dias, que abrangeu trabalhadores das repartições de finanças, das alfândegas, portos e das lojas do cidadão, é o de que "correu bem com uma adesão expressiva", refletida em 70% dos serviços de finanças encerrados e numa "grande maioria" dos trabalhadores aduaneiros em serviços mínimos, provocando constrangimentos no desalfandegamento nos portos de Sines e de Leixões.

A paralisação contou com o apoio do fundo de greve, após a decisão do Conselho Geral do sindicato tomada em finais de outubro.

A greve foi marcada em protesto contra a demora na regulamentação da revisão da carreira dos trabalhadores dos impostos, a crescente degradação no funcionamento e perda de autoridade da AT, o sistema de avaliação de desempenho e "as funções robóticas que travam o combate à fraude e à evasão fiscal".


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