A tomada de posição do parlamentar surge depois da Federação do Baixo Alentejo do PS ter exigido a reposição imediata das carruagens intercidades, contestando a decisão da CP em repor na Linha do Alentejo automotoras UTE 2240.

Sobre esta matéria, Gonçalo Valente concorda com os socialistas em dois aspetos: na fraca qualidade das locomotivas que circulam na Linha do Alentejo e que, em matéria de ferrovia, a região “sempre foi discriminada”. Contudo questiona o PS: “Quem é que governou nos últimos 8 anos? Quem é que governou 23 dos últimos 30 anos? Pois, precisamente o PS. Por que razão não fez nessa altura aquilo que vem denunciar agora?”.

“O plano de recuperação do material circulante que o PS” refere que iniciou, em 2019, “são os tais comboios que foram comprar a Espanha e que estavam em fim de vida. Foi desativar a linha férrea Beja-Funcheira e manter a geringonça que faz a ligação Beja - Casa Branca. Foi esta a solução”, diz o parlamentar do PSD.

 “Este governo herdou uma situação muito difícil” que “não tem uma resposta imediata, porque tem um concurso para novos comboios em litigância e este material não se consegue comprar num stand como se compra um automóvel”, afirma o deputado.

Gonçalo Valente assegura que está a acompanhar o processo, que já bateu a várias portas e que a expetativa é que a reposição das carruagens intercidades “seja feita o quanto antes”.

“O Partido Socialista não quer mais do que eu que as composições que circulavam nesta linha voltem ao seu lugar de origem”, esclarece Gonçalo Valente, entendendo que o PS antes de fazer esta exigência, “deve primeiro ser honesto” e “não adotar esta postura populista”, tendo em conta “o estado em que deixou a ferrovia”.