O edifício, situado no centro da Vidigueira, conta com uma área total de 1.005,90 m², área bruta privativa de 941,17 m² e área de implantação de 658,20 m². Com um total de 30 compartimentos destinados a serviços, o imóvel tem valor base de 282.400,00 euros e valor mínimo de venda de 240.000,00 euros.

De acordo com a leiloeira, o prédio localiza-se numa zona privilegiada, próxima do comércio local, do Estádio Municipal e da Torre de Menagem do Castelo da Vidigueira. Ao abrigo do artigo 270.º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), o imóvel beneficia de isenção de IMT e Imposto de Selo.

Um processo longo e contestado

A venda de património da Cooperativa Agrícola da Vidigueira tem sido marcada por várias tentativas e controvérsias. Já em setembro de 2023, havia sido anunciado o início de um processo de leilão de imóveis pertencentes à massa falida, situação que foi contestada pela própria cooperativa, que à época anunciou intenção de agir judicialmente contra a leiloeira, considerando o processo irregular e lesivo dos interesses dos cooperadores.

Fundada em 1957, a Cooperativa Agrícola da Vidigueira destacou-se durante décadas na produção de azeite, sendo uma das estruturas mais relevantes do setor no Baixo Alentejo. Na campanha de 2019/2020, a CAV chegou a receber mais de 6 milhões de quilos de azeitona, o que correspondeu a cerca de 900 mil litros de azeite.

Pouco tempo depois, enfrentando dificuldades financeiras e operacionais, a cooperativa viria a apresentar-se à insolvência, processo que ainda hoje decorre nos tribunais. À data, a CAV dispunha de uma capacidade de laboração diária de 350 mil quilos de azeitona e de armazenamento superior a um milhão de litros de azeite.

Leilão decorre até 31 de outubro

Os interessados em participar no leilão eletrónico deverão registar-se na plataforma da leiloeira e submeter as suas propostas até ao encerramento oficial, marcado para 31 de outubro.

Este novo passo na liquidação do passivo da Cooperativa Agrícola da Vidigueira representa mais um capítulo de um processo que, ao longo dos últimos anos, tem mantido a atenção da comunidade local e do setor agrícola alentejano.

 

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