De acordo com D.João Marcos “o primeiro aparece ligado a uma situação que remonta ao ano de 1963, trata-se de um sacerdote que viveu na cidade de Beja e, na sequência do ocorrido, deixou a Diocese.”

O segundo nome citado “refere-se a uma situação que terá acontecido da segunda metade da década de 67-68 e está relacionada, igualmente, com um sacerdote que tinha responsabilidades na educação de crianças.”

Quanto ao terceiro nome, afirma, D.João Marcos, “aparece numa situação bastante vaga. Diz respeito a um leigo que exercia funções de sacristão na cidade de Moura ou numa freguesia deste concelho.”

Relativamente ao quarto nome é revelado que se apresenta também “numa situação algo vaga. Situa-se no ano de 1978 e está relacionado com um sacerdote de Serpa ou de uma freguesia do mesmo concelho.”

Já o “quinto nome diz respeito a uma situação ocorrida nos inícios da década de 80, em Mértola e trata-se de um sacerdote que ali se encontrava, mas não era o pároco da vila.”

No comunicado, o Bispo afirma que “nenhuma destas situações consta dos arquivos da Diocese ou foi de alguma forma denunciada junto da mesma, sendo que, através do relatório enviado não nos foi possível apurar os factos e contornos das denuncias. Porém, podemos afirmar que os agora denunciados, já faleceram” o que significa que “é assim, de todo, impossível e ineficaz fazer quaisquer diligências de investigação.” No entanto é manifestado “o nosso compromisso, zelo e empenho em prestar o apoio necessário a qualquer vítima que pudermos identificar.”

Num extenso comunicado, D.João Marcos revela ainda que dos arquivos Diocesanos constam ainda quatro casos, denunciados entre os anos 2001 e 2020, sendo que todos eles, “sem exceção, mereceram o devido e obrigatório encaminhamento, tanto civil como canónico, com um decurso normal e necessário quanto às diligências de investigação e probatórias.” Os processos tiveram diferentes  desfechos resultando em arquivamento, absolvição e um deles aguarda ainda sentença judicial.

O primeiro é de 2001, foi “tornado público e bastante comentado nos jornais da época por envolver um sacerdote e uma jovem de 17 anos. O processo seguiu para Roma e a sentença foi a sua demissão do estado clerical.”

No que diz respeito ao “segundo caso tratou-se de uma acusação a um sacerdote que estaria a perseguir um menor. O assunto foi tratado em tribunal e a sentença foi a absolvição da pessoa em causa”

O terceiro caso foi uma denúncia anónima que a Diocese de Beja recebeu diretamente do Dicastério da Doutrina da Fé. O assunto foi investigado internamente e entregue à Polícia Judiciária e posteriormente arquivado por falta de provas.

Já o quarto caso é do ano 2020, está relacionado com um leigo em formação para o sacerdócio, que foi denunciado por assédio sexual. Foi expulso do Seminário e o assunto foi entregue às autoridades civis e julgado no Tribunal da Comarca de Beja, aguardando-se a sentença.

D.João Marcos conclui que é assim “evidente que não existe qualquer denuncia, tenha ela sido comunicada ou esteja em arquivo na Diocese de Beja, que não tenha merecido o devido seguimento, nem tampouco existe qualquer caso atual que aguarde ação da Diocese de Beja” e deixa a garantia de continuar “o compromisso sério em colaborar com as autoridades civis e eclesiásticas, na transparência e rigor das nossas práticas, tratando com imparcialidade e firmeza eventuais situações de abuso, sexuais ou quaisquer outros.”

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.