Catarina Ginja, investigadora do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO) é a oradora convidada.

De acordo com o CEBAL a sessão “propõe dar a conhecer ao público o trabalho de investigação que tem sido desenvolvido sobre domesticação animal, com o intuito de perceber os processos que ao longo do tempo deram origem às raças autóctones de gado doméstico da Península Ibérica” é ainda acrescentado que “o projeto ARCHAIC, que procurou desvendar as origens de bovinos ibéricos, será também apresentado”.

Ainda segundo o CEBAL “a sessão centra-se na investigação multidisciplinar desenvolvida pela equipa de Catarina Ginja, que se dedica há vários anos ao estudo do passado das espécies de animais domésticos, como os bovinos, e que está a estudar vestígios arqueológicos de diferentes épocas para testar várias hipóteses, de forma integrada e envolvendo pela primeira vez análises genéticas”

Esta área que combina a informação arqueológica e genética (através de estudos de ADN antigo), denominada arqueogenética, tem possibilitado a comparação de genomas obtidos destes vestígios com os dos animais atuais, permitindo determinar a origem evolutiva das raças domésticas atuais.

Quanto ao projeto ARCHAIC dedica-se ao estudo do gado taurino e do auroque (ancestral do gado doméstico), com o objetivo de desvendar as origens de bovinos ibéricos, bem como a história evolutiva e os processos de melhoramento animal, investigando este último em associação com práticas de criação impostas pelas populações humanas que habitaram a Península Ibérica. O projeto tem como evento de referência, o episódio primário de domesticação, denominado de revolução agrícola do Neolítico, que ocorreu há dez mil anos, quando o Homem passou de caçador e recolector para uma economia agrícola baseada na gestão de animais e plantas, tornando-se capaz de produzir os seus próprios alimentos e animais.

Estes estudos realizados pelo CIBIO-InBIO, que utilizam técnicas modernas de genómica, contribuem para a valorização dos recursos genéticos autóctones, revelando-se essenciais para uma gestão mais eficiente e conservação deste património cultural e genético único na região da 

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