A coligação começa por recordar que “já no pretérito ano o nosso voto resultou numa abstenção, dando na altura o benefício de dúvida ao executivo em permanência, mas tendo considerado que o orçamento era pouco ou nada ambicioso”

Passado um não, o Beja Consegue afirma que “as dúvidas deram lugar a certezas e é com muita tristeza que afirmamos que em Beja nada mudou. As obras estruturantes continuam por realizar ou pior ainda, por projetar.”

Para o Beja Consegue “a realização financeira do orçamento de 2022, considerando o melhor cenário, não ultrapassará os 80% de execução, ficando por realizar obras como o fórum romano, o edifício CEBAL e a conclusão do mercado municipal, entre outros”, o que significa, que “se considerarmos que dos 42 M€ orçamentados para 2022, cerca de 30 M€ são custos gerais e operacionais, o que foi realizado em novos projetos e novas rubricas representa apenas 30% do que o executivo se propôs fazer neste ano.”

De acordo com o Beja Consegue “atendendo a que os investimentos previstos têm financiamento dos fundos do PRR e do atual quadro comunitário (Portugal 2020) e que devido aos vários atrasos verificados as verbas se encontram em risco de serem aplicadas, resultando num enorme custo para o município, não podemos prejudicar o concelho de Beja perdendo mais esta oportunidade.”

É também revelado que o Beja Consegue "exigiu a inclusão de alguns pontos do seu programa eleitoral e outros que a nossa vereação decidiu abraçar e lutar por eles", nomeadamente, a inclusão da verba destinada aos projetos da circular externa (proposta constante no nosso programa eleitoral), uma intervenção na remodelação e recuperação do parque habitacional Beja II, o reforço do apoio à Ovibeja, tendo como retorno a abertura das portas a todos os habitantes do concelho durante pelo menos numa parte de um dia para que a população possa usufruir daquele que é o maior evento do concelho e que mais projeta a marca “Beja” e o aumento de 6% (valor 0% na proposta inicial do executivo) do valor das transferências de verbas para as juntas de freguesia cumprirem com a delegação de competências protocolada com o município.

O Beja Consegue finaliza com a afirmação que “estas são as únicas razões que nos levaram, após análise e ponderação, a viabilizar a aprovação do orçamento, questionando de qualquer forma a capacidade operacional e de coordenação deste executivo” e a garantia que “a nossa abstenção merecerá um acompanhamento muito próximo no que concerne à execução orçamental de 2023.”

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