O BE afirma, em nota de imprensa, que “apesar do seu objetivo de requalificar a mobilidade na cidade, o programa Polis deixou uma série de obras irracionais em Beja, algumas acabando mesmo por terem de ser corrigidas” e aponta o exemplo dos separadores da Rua António Sardinha, que tiveram de ser “rebaixados para que as ambulâncias e os autocarros pudessem circular. “

Para o BE “o reordenamento do trânsito, que se destinava a reduzir o tráfego, serviu para o piorar, tornando a circulação na cidade num autêntico labirinto” e destaca “o percurso da Igreja do Carmo até ao Hospital passou de 500m para 2km e ir do Jardim do Bacalhau até à Rua da Liberdade passou de 100m para 500m.”

Quanto às urbanas”, os bloquistas afirmam que não contribuíram para uma “verdadeira mobilidade na cidade” porque “em muitos casos, é mais rápido atravessar a cidade a pé do que recorrer à Urbana e os veículos circulam vazios” e acusa os vários executivos camarários de não terem tido “coragem para rever os seus trajetos.” 

Para o BE estas “urbanas” só interessam realmente ao Penedo Gordo, porque ao recusar “ser freguesia e, assim, tecnicamente ser bairro da cidade, tem direito a Urbanas” enquanto “aldeias como Santa Clara do Louredo ou Nossa Senhora das Neves, apesar de estarem mais próximas da cidade, não usufruem destes transportes por serem freguesias rurais.”

A candidatura do BE aponta também o exemplo do Bairro de São João que vive uma situação “tristemente caricata – mesmo estando literalmente colado à cidade não tem direito a urbanas.”

O BE fala também dos habitantes das aldeias, uma vez que “só têm transporte público decente em época escolar, ao fim-de semana estão condenados a ficarem apeados” e critica o modelo alternativo pouco convidativo que são os táxis coletivos a pedido.

De acordo com o BE, “estas decisões revelam um tratamento brutalmente desigual dos munícipes das freguesias rurais, condenando também o seu acesso aos serviços na cidade.”

Os bloquistas consideram ainda que “há uma falta de aproveitamento turístico ou de lazer dos lugares atrativos do concelho para os habitantes da cidade, como tomar um banho em Quintos ou na Mina da Juliana”, por isso, defende que as “urbanas, ou outro qualquer nome futuro, precisam de servir todo o concelho e ser acessíveis todos os dias” porque “esta alteração significativa tiraria carros da cidade, ajudaria a reverter a desertificação das aldeias e, globalmente, aumentaria a qualidade de vida no concelho no seu todo.

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