A Plataforma revela em nota de imprensa que se trata de um pedido urgente porque considera ser "essencial inscrever ainda no PNI 2030 e/ou no PRR a concretização das obras de modernização e eletrificação do troço ferroviário entre Beja-Ourique, bem como a variante ao Aeroporto de Beja, as quais continuam a não estar consideradas no plano de investimentos a efetuar até ao ano de 2030, pela Infraestruturas de Portugal-IP, apesar da Resolução aprovada pela Assembleia da República, no passado mês de Janeiro, a recomendar ao Governo a execução das mesmas.”

Os argumentos não se ficam por aqui, afirma ainda a Comissão Dinamizadora da Plataforma que “há o risco de Portugal perder a oportunidade de beneficiar dos 80% destes investimentos a fundo perdido, pelo facto do Alentejo ser ainda uma região inserida no Objetivo 1 da UE, mas haver informações de que poderá deixar de o ser no próximo Quadro Comunitário de Apoio” e que “não avançar no imediato acarretará prejuízos superiores a 100 milhões de euros, de acordo com as projeções feitas pelos técnicos que apoiam a Plataforma Cidadã.”

De acordo com a Plataforma  a ausência deste investimento “compromete a vontade de muitos investidores interessados em investir no Alentejo, sobretudo nas áreas da fruticultura e horticultura, mas que exigem fiabilidade nos transportes ferroviários e aéreos, necessários à colocação das suas mercadorias nos mercados internacionais interessados nas mesmas.”

É ainda afirmado que “Portugal precisa de toda a linha do Alentejo modernizada e eletrificada, capacitada para garantir velocidades de 200 a 250 Km/hora, para assegurar não apenas a redundância das ligações de Lisboa a Faro para o transporte de passageiros, mas também para garantir fiabilidade aos transportes de mercadorias do e para o Complexo de Sines, para o apoio à agricultura e ao turismo, para garantir a complementaridade urgente e necessária do Aeroporto de Beja aos aeroportos de Lisboa e de Faro, para garantir um verdadeiro sistema ferroviário que assegure alternativas seguras, hoje inexistentes, nas ligações Norte-Sul, em caso de necessidade de intervenções  na Linha do Sul  quando as mesmas se tornarem necessárias.”

A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã termina com a afirmação que “o País já sofreu prejuízos suficientes pelo facto das obras não terem sido executadas como previa o Estudo da REFER de Maio de 2015.”

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