
PAI – RAIZ VIVA DO MEU SER
Dezembro já era. Janeiro significa o início de um novo ano, com velhos ciclos, e certamente com novos ciclos também.
Algumas das notícias dos últimos dias de 2022 dão-nos conta de um “vira o disco e toca o mesmo”: pelo mundo, a invasão da Ucrânia pela Rússia continua a bom ritmo, continuam a morrer de “causas naturais” oligarcas russos críticos de Putin; no nosso país, lá veio à tona um conjunto de polémicas com a secretária de Estado do Tesouro que, entretanto, já deixou de o ser (quando ainda estava tão fresquinha a contratação pela ministra da Presidência de um assessor com 21 anos, para o seu gabinete, com um vencimento de 3.732 euros brutos, naquele que será o seu primeiro emprego), nesta dança, também o ministro das Infraestruturas e da Habitação assim como o secretário de Estado das Infraestruturas parecem ter perdido o equilíbrio, e com a inflação em 9,9% (dados de Novembro último), espera-se um aumento generalizado dos preços de diversos produtos que usamos diariamente, do pão ao gaz; até mesmo o chão do “meu quintal” anda escorregadio.
Política, política, política!
Bem sei que a política está em tudo, na vida. Mas estou cansada desta tragédia que, à força da repetição, mais parece uma farsa.
Hoje, neste dia de sol de Inverno em que vos escrevo, quero antes falar-vos de algo mesmo muito importante: a homenagem que fiz ao meu pai neste Natal de 2022, concretizada num pequeno livro, onde passamos revista – eu e ele – a alguns momentos da sua vida. E da minha, que se cruza com a dele, a partir do momento em que ele ma deu (a meias, com a minha mãe).
E tenho a convicção profunda de que ver os olhos brilhantes do meu pai, cheios de amor por mim, tal como o seu sorriso de gratidão pelo que da vida recebeu, é uma das coisas mais sólidas e mais intensas daquilo a que eu chamo Vida.
