Opinião Atual

GRATIDÃO

 

 

Olho para trás e olho à minha

volta. Agradeço à Vida: pelo muito,

pelo pouco, pelo nada!

(In Raízes de Vida, Abril 2019, pág. 216)

Este foi o aforismo que concebi, na altura, para falar de gratidão. E é ainda sobre gratidão que agora escrevo: … por sentir o sol morno na minha pele, por me olhar ao espelho e me reconhecer, pelas viagens que já fiz, pelas que não fiz e nem sei se virei a fazer, pelos meus cabelos grisalhos, pelos risos, às vezes até às lágrimas, pela ternura, por aturar trapalhões que, de quando em quando, se cruzam no meu caminho, por não hesitar em remar contra a maré quando, mesmo só, acredito que é esse o caminho, por estremecer ao som de certas músicas, pelas parvoíces tantas vezes infantis, pelo amor, pelo cheiro de um bolo acabado de fazer, pelo toque das mãos da minha mãe, pela poesia dos “meus” poetas, por ser mãe do meu filho, por um banho quente de imersão, por caminhar à beira mar, por desafiar o meu palato com sabores exóticos, por reconfortar alguém mesmo que não me seja próximo, por existirem filmes que marcaram a minha vida, por ver o sorriso do meu pai, pela bebida da Amizade, pela serenidade, pelo nascer e pôr do sol, pela minha tarte de natas, pelos pratos que só uso na ceia de Natal, pela harmonia familiar, pelos desafios e pelas conquistas de todos os dias, pela paixão, pelo ar fresco da manhã, pelo impremeditável “alinhamento dos planetas”, pelas “minhas” estrelas no céu, pela doçura, por de vez em quando ganhar quando perdi, pelas epifanias e devaneios, pelos seres maravilhosos que têm cruzado a minha vida… por receber o convite para escrever aqui!

Esta é apenas uma pequena lista de breves momentos da minha existência. Momentos de graça e, pelos quais dou graças, pela graça de existir. Momentos que constituem parte do sal da minha vida.

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