
Oficinas tipográficas no concelho de Beja em 1916
Os documentos em destaque pertencem ao fundo do Governo Civil de Beja existente no Arquivo Distrital de Beja e encontram-se inseridos na correspondência trocada entre o Administrador do concelho de Beja e o Governador Civil da mesma cidade.
O primeiro documento é um ofício da administração do concelho de Beja dirigido ao Governador Civil de Beja através do qual se remete a relação dos trabalhos realizados nas tipografias existentes em Beja, assim como a relação das oficinas tipográficas em funcionamento até 31 de março de 1916. O Oficio é datado de 4 de Abril de 1916 e assinado pelo Administrador do concelho Ezequiel do Soveral Rodrigues.
O segundo documento trata da Relação das oficinas tipográficas e litográficas em funcionamento no concelho de Beja em 31 de março de 1916. Da relação enviada pelo Administrador do concelho de Beja ao Governador Civil podemos extrair a seguinte informação: o nome das empresas tipográfica existente no primeiro semestre de 1916; as máquinas com que operavam; o local/rua onde se encontravam instaladas e o nome dos seus proprietário ou administradores.
No primeiro semestre do ano de 1916, existiam em Beja três oficinas tipográficas. A Empresa tipográfica O Porvir, a Folha de Beja e ainda a Minerva Comercial.
A Empresa tipográfica O Porvir encontrava-se sediada no Largo de Santa Maria também conhecido em tempos como o “Largo do Provir”, por ser o local onde se encontrava instalada a redação do referido Jornal, administrado na época por Manuel António da Silva. O Porvir foi um jornal semanal, republicano e independente, cuja publicação remonta ao ano de 1873 e termina no ano de 1955.
A Folha de Beja, órgão do Partido Regenerador do distrito de Beja, foi também um jornal semanal, com tiragens à 5ª feira. Era administrado na altura por Mário Mendes. Teve também como seu editor e administrador João Valente Beck. Encontrava-se sediado na rua do Esquível em Beja.
Na rua da Fábrica encontrava-se sediada A Minerva Comercial, cuja propriedade pertencia a Carlos Augusto da Dôres Marques. Esta última operava com uma máquina denominada “Marinoni” que pertencia ao Jornal “O Bejense.
CRÉDITOS DE IMAGEM
Título: Oficinas tipográficas no concelho de Beja em 1916
Cota: D1.
Código de referência: Correspondência recebida do administrador do concelho de Beja - 1916
Imagem cedida pelo Arquivo Distrital de Beja
Direção: Anita Tinoco

