
Notícia da morte e notas biográficas do Coronel Francisco Romão de Goes
O documento em destaque, datado de 1847, encontra-se à guarda do Arquivo Distrital de Beja, e pertence ao fundo Padre António Mira, é um relato da vida do Coronel Francisco Romão de Goes.
Francisco Romão de Goes nasceu aos 23 dias do mês de Agosto de 1783 e faleceu a 8 de Fevereiro de 1847, com 64 anos. A vontade de seus pais era que ingressasse no estado eclesiástico. Frequentou a Universidade de Coimbra durante dois anos, no entanto, não completou o grau de Bacharel devido à guerra Peninsular que coincidiu com o fecho das Academias de Ciências.O contexto histórico em que viveu foi um dos mais conturbados da História de Portugal nos aspetos políticos, económicos e sociais que decorreram com as invasões francesas. Dado o contexto da época, Francisco Romão de Goes preferiu defender os valores da Pátria logo no ano de 1810 na guerra contra os franceses. Pela sua bravura na companhia a que pertencia e por toda a parte por onde passaram as tropas de Portugal tomou sempre uma parte muito ativa e uma posição altamente honrosa e enobrecida pelo que mereceu ser premiado pelo Príncipe Regente D. João VI com uma tença anual. Foi prisioneiro dos franceses e distinguiu-se pelas suas grandes qualidades em várias ações militares na guerra da Independência.Em 1820, tomou parte da Revolução Liberal Portuguesa, vindo depois a ser nomeado Comandante da Guarda Nacional do Rossio. Foi colocado por deliberação geral à frente de uma Guarda Nacional que se criou em Beja com a finalidade de fazer cumprir a Carta Constitucional outorgada por D. Pedro VI.No Algarve, foi honrado com a medalha da Torre de Espada, distintivo honroso do seu valor e mérito. Regressou a Beja onde foi nomeado Tenente Coronel Comandante da Guarda Nacional de Beja.Em 1840, foi nomeado por sua Majestade Coronel do Batalhão Provisório e em 1842 foi-lhe dado a patente de Coronel do Exército, tendo também ocupado o cargo de Coronel Batalhão Nacional de Voluntários Caçadores de Beja.Francisco Romão de Goes sempre defendeu os ideais vindos da revolução francesa, e do liberalismo, ficando ligado à história da cidade de Beja devido à guerra civil entre os liberais e absolutistas. Em 9 de julho de 1833, quando os liberais tentaram libertar Beja do domínio absolutista foi o coronel Francisco Romão de Goes que comandou as forças liberais dando ordem de assalto à cidade.
CRÉDITOS DE IMAGEMTítulo: Notícia da morte e notas biográficas do Coronel Francisco Romão de GoesCota: D1.Cx.0002Código de referência: Fundo Mira – Doc.24Imagem cedida pelo Arquivo Distrital de BejaDireção: Anita Tinoco
Destaques

Colisão entre dois veículos um deles da GNR faz três feridos ligeiros em Serpa

Hospital de Beja já tem Unidade de Intervenção Cardiovascular

PJ detém suspeito de tentar matar com arma branca mulher em Beja
