A LIBERDADE PORTUGUESA

A Liberdade usa-se? Em Portugal utilizamos esse direito?

É produto de um Abril com prazo de validade?

Ou estamos perante uma espécie de vinho bom, ou qualquer álcool inebriante a que temos algum direito social de usar, consumir, em doses autocontroladas? Sentindo que se formos “excessivos” poderemos ser penalizados legalmente, pelo controlo rodoviário, ou continuando a analogia, se pelo uso continuado e nunca excessivo da Liberdade formos confrontados pelas diversíssimas autoridades, implacáveis, quanto ao uso do direito á Liberdade de modo efetivo, para estas outras autoridades, nem fardadas ou trajadas, nem com parâmetros estabelecidos nas leis escritas seremos punidos. Os não escritos, mas bem notados poderes, em multiplicadas instâncias dos mesmos. Usados e devidamente abusados em aventuras e boas venturas para azar das menos venturosas, num país onde, afinal a Liberdade conquistada neste mês, vai para 50 anos, continua a não ser para todos, é manifestamente, reserva de propriedade dos poderes e poderzinhos vincada e parcimoniosamente distribuídos por quem se vê e revê dono dessa mesma Liberdade. Dono da Liberdade e da sua irmã em Democracia, a Transparência, com quem deveríamos conviver diariamente e afinal uma vítima mortal dos poderes ignorantes. Nunca sabem de nada, jamais ouviram falar. Sejam os assuntos, abusos, assédios, desvios ( de dinheiros ou de voos…), as criaturas dão Salgados à Costa, Pinho e Varas para barcos  “Rebelos”, espantados, ignorantes e com tanto estudo… Como académicos e auxiliares em Coimbra poisados, quais bispos esquecidos e feministas de Bloco perdido em silêncios de escasso ruído.

A nossa liberdade é o silencio. Outra vez. Uma música calada, diria José Bergamin

Para o poder, a liberdade de ser ignorante, de nunca saber nada, de não fazer ideia que teve e tem sob o seu governo criaturas com atitudes abusivas ou ilegais, inúmeras vezes repetidas, sem o conhecimento da chefia, configura negligencia, mesmo incompetência manifesta. As pessoas, de Presidentes a Reitores, de CEO`s a Secretários de Estado, de Primeiro-Ministro a líderes paladinos de direitos inalienáveis… Nunca ninguém soube ou sabia de coisa nenhuma ou de nada, raça de ser o último a saber, enfim.

Agora querem desenterrar o Eça. Trasladar para o Panteão Nacional. Pode que nas voltas da tumba lhes torne o genial Queirós a dizer: “Este Portugal, não é um país, é um sítio. Ainda por cima mal frequentado.”

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