Numa altura em que os preços dos produtos sobem vertiginosamente e o poder de compra cai em igual forma, as famílias portuguesas tendem a procurar maneiras de conseguir financiamento para fazer face às despesas do dia a dia.

Neste sentido, é normal estarmos a observar um aumento substancial da quantidade de créditos pessoais emitidos. Por exemplo, em agosto de 2022 tivemos um aumento de mais de 30% do número de contratos de crédito comparativamente com igual período do ano anterior.

Contudo, pedir um crédito pessoal, por muito urgente que possa ser, não deve ser uma decisão tomada de ânimo leve. Por isso requer sempre uma análise profunda para conseguir uma proposta com taxas de juro mais acessíveis e mais dentro daquilo que realmente necessita.

Hoje em dia, pedir um empréstimo é um processo bastante rápido e pouco burocrático. Como prova disso temos o facto de ao entrar no website de uma dada instituição financeira e simular um crédito online, poder obter uma aprovação em 24 horas e um financiamento em 2 a 3 dias úteis.

Ora, apesar de serem pontos positivos para quem necessita de dinheiro de forma célere, pode fazer com que as pessoas peçam financiamento indiscriminadamente sem saberem se estão perante uma boa ou má proposta.

Se alocamos a isso o facto das taxas de juro deste género de créditos serem tendencialmente mais elevadas que, por exemplo, um crédito habitação, estamos perante a tempestade perfeita para que as famílias acumulem dívidas e não consigam cumprir com as suas obrigações legais com as instituições financeiras.

Assim, neste artigo, indicamos alguns pontos que deve estar atento no momento de solicitar um crédito pessoal.

Em primeiro lugar, se assim for possível, deve escolher um crédito pessoal com uma finalidade alocada. Isto porque, um crédito pessoal sem finalidade aloca taxas de juro mais elevadas que um crédito pessoal para obras, educação, saúde, entre outros.

Evite pedir mais do que aquilo que realmente precisa. No momento de solicitar um empréstimo, uma pessoa pode ter a tendência de pedir mais dinheiro para alguma eventualidade. Ora, quanto maior for o seu empréstimo, mais caro irá sair o mesmo.

Para conseguir o melhor crédito pessoal possível, deverá também escolher um prazo de pagamento equilibrado. Pedir um prazo demasiado curto, significa uma prestação mensal mais elevada, o que pode pôr em causa o cumprimento dos seus compromissos com a instituição financeira. Se pedir um crédito pessoal com um prazo de pagamento demasiado longo, apesar de ter uma prestação mensal mais baixa, o dinheiro gasto no pagamento de juros ao longo de tantos meses e anos será bastante elevado.

Para fazer todas estas análises e conseguir comparar várias propostas em mão, esteja atento principalmente a duas siglas essenciais:

●      TAEG (Taxa Anual Efetiva Global): é a taxa de juro que terá de pagar pelo crédito efetuado e onde está incluído a TAN (Taxa Anual Nominal) as comissões e impostos.

●      MTIC (Montante Total Imputado Ao Consumidor): é o valor total do custo do seu crédito.

Exemplo ilustrativo: para um crédito pessoal sem finalidade no valor de 5.000 €, prazo de pagamento de 84 meses, a prestação mensal fica em 79,91 €. O que significa um custo total de 6.844,44 €. Ora, se pagar a 48 meses, a prestação seria de 122,69 €, mas teria um custo total de 6.021,12€

Estas são apenas algumas dicas para o ajudar a conseguir obter propostas de crédito mais em conta para o seu orçamento familiar.

Todavia, reforçamos que, deve somente pedir um empréstimo se necessário e que garanta o cumprimento de todas as obrigações legais acordadas com a instituição durante a vigência do contrato.

Como nota, informamos que, para pedir um crédito pessoal, independentemente do género, terá de enviar documentação como:

●      Cartão de Cidadão;

●      Comprovativo de Morada;

●      Comprovativo de IBAN:

●      Comprovativo de Rendimento;

Além disso, tem de enviar o seu Mapa de Responsabilidades (pode obter o seu no website do Banco de Portugal na Central de Responsabilidades de Crédito). Este documento informa todo o seu histórico de crédito à banca.

Assim, se estiver em incumprimento com alguma instituição financeira, saiba que, até regularizar a sua situação, o seu pedido de crédito será sempre recusado.

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