Em comunicado enviado à agência Lusa, a UÉ explicou que este trabalho está inserido no projeto OLEAdapt - Estratégia de Gestão de Pragas para a Resiliência e Sustentabilidade da Olivicultura Face às Alterações Climáticas, iniciado no ano passado.

Segundo a academia alentejana, a informação partilhada pelos olivicultores, no âmbito do projeto, “permitirá aos investigadores ajudar a indústria do olival a adaptar-se melhor às alterações climáticas, aumentando a resiliência desta cultura agrícola”.

“A ideia é transferir conhecimento sobre quais as variedades” nas quais “os olivicultores devem apostar no futuro”, indicou.

Por isso, a equipa de investigadores lançou um desafio os agricultores, cooperativas e associações de agricultores e empresas ligadas ao olival para que colaborem neste projeto.

O que se pretende é que os agentes do setor olivícola partilhem informação sobre a localização de olivais e a respetiva identificação das diferentes variedades de oliveira.

“Todos os agricultores e intervenientes ligados ao olival podem contribuir” para o OLEAdapt, sendo que, para isso, devem enviar “os dados das coordenadas geográficas dos olivais e respetivas variedades” para o endereço de correio eletrónico [email protected].

Ou podem também preencher “o mapa com a localização dos olivais e respetivas variedades na plataforma desenvolvida pelos investigadores”, em http://hlserver.cc.uevora.pt:3838/form/.

Ao registarem a localização do seu olival e identificarem as variedades associadas, vão ajudar os investigadores “a desenvolver uma base de dados de distribuição geográfica das variedades [de oliveira] cultivadas em Portugal”, disse a UÉ.

“Estes registos produzirão novo conhecimento, útil para todos os envolvidos, que terá uma aplicação real na vida dos agricultores, dotando-os de conhecimento sobre as variedades nas quais devem apostar no futuro”, frisou.

O coordenador do projeto, o investigador José M. Herrera, do MED - Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da UÉ, realçou que o conhecimento sobre a distribuição atual das variedades de oliveira vai ajudar “a perceber, através de projeções para o futuro e considerando o cenário de alterações climáticas, quais serão as variedades mais resilientes” e adaptadas a cada região do país.

“Para isto, é indispensável o apoio dos olivicultores e entidades associadas”, argumentou.

O projeto OLEAdapt, financiado pela Fundação para-a Ciência e a Tecnologia, é liderado pela Universidade de Évora, com a participação de vários investigadores do MED, e tem como parceiros o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.

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