Afirmam os eleitos da CDU que “o direito de todas as pessoas a terem uma habitação com um mínimo de condições para poderem viver de um modo saudável está consagrado na nossa Constituição” e que “perante as dificuldades que muitas famílias têm em conservar a casa onde habitam, em muitos casos desde há longos anos, dificuldades estas identificadas há muito tempo, mas agravadas agora com o aumento das taxas de juro e das rendas de casa, não se pode ficar indiferente.”

O grupo da CDU na Assembleia Municipal de Beja apresentou na última reunião da Assembleia Municipal uma moção “em que se identificam e contextualizam estas questões da habitação e se exigem por parte do Governo soluções efetivas para as resolver.”

Para os eleitos da CDU “é inadmissível e no mínimo chocante o contraste evidente entre as dificuldades por que as famílias estão a passar, perdendo as casas para os bancos ou sendo despejadas por não conseguirem satisfazer o valor das prestações do crédito ou as rendas, e os lucros fabulosos e imorais dos fundos imobiliários e da banca, lucros estes obtidos à custa de quem trabalha.”

Por isso, consideram que “são necessárias respostas imediatas e inadiáveis que garantam uma resposta pública, imediata e eficaz, indispensável à regulação do sector. Estas medidas não estão no chamado pacote "mais habitação".

Dizem também os eleitos da CDU, que este Pacote “não assegura o forte investimento público nem a regulação de um sector que está hoje dominado pelos grandes interesses do mercado imobiliário”, por isso, exige “coragem política para impor a redução do valor das prestações, assegurando que os bancos suportem com os seus lucros o aumento das taxas de juro (…) e coragem política para descer o valor das rendas e alargar a duração mínima e a estabilidade dos contratos.”

Na nota de imprensa, é ainda revelado que na última reunião da Assembleia Municipal foi ainda apresentado, pelo grupo da CDU, um balanço da atividade da Câmara Municipal dos dois últimos anos de mandato.

De acordo com os eleitos da CDU “a insuficiência do valor do financiamento às freguesias, a perda de financiamentos importantes, como os referentes à recuperação e enquadramento do Fórum Romano e à zona de Expansão Empresarial, o atraso da reabertura do Mercado Municipal, a degradação da limpeza urbana e do estado das vias e caminhos, a fraca ou ausente influência na relação institucional com o Governo para desbloquear projetos sempre adiados, como na área da saúde e acessibilidades e ainda as queixas dos cidadãos de Beja sobre as dificuldades que têm em serem recebidos ou em verem resolvidos assuntos que têm com o Município, não receberam qualquer comentário por parte do executivo.”

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