O PS argumenta que apenas um novo ato eleitoral poderá resolver a situação, recordando que, apesar de a CDU ter vencido a eleição para a Assembleia de Freguesia por uma diferença de 30 votos, o que lhe garantiu automaticamente a presidência da Junta, não dispõe de maioria entre os nove eleitos, contando apenas com quatro mandatos.

Nesse contexto, os socialistas admitem que procuraram viabilizar um executivo funcional propondo a inclusão do único eleito do Chega no executivo da Junta, uma solução que, afirmam, refletiria a correlação real de forças e permitiria garantir governabilidade. Acusam ainda a presidente eleita, Sandra Albino, de insistir numa composição que daria à CDU uma maioria absoluta “não sufragada pela população”, inviabilizando qualquer entendimento.

A CDU reage de imediato e rejeita em absoluto as críticas. Afirma que “caiu a máscara” do PS e que os socialistas nunca se conformaram com o resultado das eleições autárquicas. Para a CDU, a proposta do PS em repetir as eleições na freguesia demonstra “uma tentativa de subverter o escrutínio democrático” e de reverter resultados que considera legítimos e claros.

A coligação liderada pelo PCP acusa ainda o PS de se recusar a negociar dentro das regras e de procurar novas eleições apenas porque o desfecho eleitoral não correspondeu às suas expectativas. Classifica essa posição como um “grave desrespeito pela soberania popular”.

Sem acordo na Assembleia de Freguesia para a eleição do secretário e do tesoureiro, e com sucessivas propostas rejeitadas, o executivo permanece por constituir. 

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