Esta foi uma das ideias que saiu da última reunião da DRA do PCP que decorreu em Évora e onde foram apreciados “os recentes desenvolvimentos da situação social e política”, assim como, "valorizados os processos de luta dos trabalhadores e das populações” e traçadas “as principais orientações para a ação do PCP na região Alentejo.”.

A DRA “valoriza a aprovação pela Assembleia da República da proposta de resolução apresentada pelo PCP sobre o Aeroporto de Beja, infra estrutura que se bem integrada na rede aeroportuária nacional pode ser um elemento decisivo na promoção da coesão territorial, com repercussões ao nível da riqueza e do emprego que gera e que pelas suas características, pelas condições de que dispõe, e pela sua localização, pode assumir uma importância estratégica para o País, e especialmente para a região, podendo ser uma das importantes alavancas para o seu desenvolvimento.”

Os comunistas entendem que “as acessibilidades constituem um elemento-chave no desenvolvimento da região e na integração dos diferentes meios de transporte.” Logo, defendem que “a qualidade de um aeroporto e a sua influência passam pela sua integração no território, através de um bom sistema de transportes rodoviários e ferroviários.”

Nesse sentido, a DRA do PCP defende que “importa mobilizar recursos financeiros, aproveitando-se as oportunidades colocadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência, e pelo Portugal 2030, bem como pela utilização de verbas do Orçamento de Estado e outros instrumentos financeiros, para concretizar investimentos há muito tempo desejados, necessários, prometidos e sucessivamente adiados e sobre os quais o PCP se tem batido como nenhuma outra força política.”

Afirma ainda a DRA do PCP que “o denominado Plano Ferroviário Nacional que esteve em consulta pública e sobre o qual tomou posição, sendo um importante contributo para o estudo do sector da ferrovia, não se pode considerar uma proposta séria e fundamentada de Plano Ferroviário Nacional para o período até 2050, pois faltam-lhe elementos fundamentais que devem integrar um processo de planeamento.”

A aprovação, na passada quinta-feira, do decreto lei sobre a nova estrutura das CCDR também merece destaque por parte do PCP que afirma que “a par com o adiamento da concretização da regionalização e as dificuldades colocadas à reposição das freguesias, comprova e confirma o pendor centralista do governo do PS.”

Segundo o PCP é cada vez mais evidente que a chamada “reorganização administrativa” é na realidade um processo de desresponsabilização do Estado e de criação e ampliação de estruturas opacas, resguardadas do escrutínio democrático, que alimentarão clientelas, centralizarão ainda mais os centros de decisão, e criarão dificuldades acrescidas para o funcionamento dos serviços do Estado na região. Tal facto é aliás, de acordo com o PCP, “já evidente na forma como está a ser preparado o POR Alentejo 2030 e a forma desequilibrada e insuficiente como está a ser aplicado o Plano de Recuperação e Resiliência.”

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