Os municípios asseguraram ao longo dos séculos a administração e coesão territorial, face a um poder central distante e parco de meios. Foram eles que enquadraram as populações não apenas de um ponto de vista administrativo, mas também económico, militar, sanitário.

A secular sobrevivência da estrutura municipal diz bem da sua eficácia e adequação político-administrativa.

A História dos grandes homens está feita. Mas quem eram estes outros que, não cometendo feitos guerreiros notáveis, não se distinguido por particulares qualidades nas letras, artes e virtudes, asseguraram, por gerações, na governança camarária, a continuidade da grei? A proposta para o passeio, de hoje, é que os participantes possam calcorrear com vagar, as ruas da velha urbe pacense, tentar perceber quem eram esses homens, como eram eleitos, que estratégias adotaram para a conservação do poder, de que forma exerciam esses mesmos poderes, que marcas deixaram na toponímia citadina.

Joaquim Filipe Mósca, professor aposentado do 2.º ciclo do ensino básico, é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, mestre em Estudos Portugueses Multidisciplinares pela Universidade Aberta, com a dissertação “Elites Urbanas e Poder Local em Beja no Reinado de Filipe III (1621-1640)”, e doutor em História pela mesma Universidade, na especialidade Poderes, Representações e Práticas Culturais, com a tese “Beja Setecentista – o Senado Camarário, Poderes e Representações”. Para além dos trabalhos de cariz académico tem dedicado o seu labor de investigador à temática historiográfica local. Foi vereador da Câmara Municipal de Beja de agosto de 1983 a dezembro de 1984 e no quadriénio 1994-1997.

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