De acordo com a DORBE “à semelhança da política adotada pelo Governo do PS, o Governo PSD/CDS confirma a falta de vontade destes partidos em resolver os problemas da região, em concretizar as infraestruturas indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida e para a promoção do seu desenvolvimento.”

As principais críticas centram-se em três áreas fundamentais, saúde, infraestruturas ferroviárias e rodoviárias e agricultura, nomeadamente no que toca à “gestão eficiente da água”.

No capítulo da saúde, considera a DORBE do PCP que a “obra de ampliação e remodelação do Hospital Distrital de Beja, fica-se apenas pelo compromisso das diligências, não sendo neste momento claro até que ponto se poderão concretizar as obras de ampliação, não é prevista a reversão para a esfera pública do Hospital de S. Paulo em Serpa, persiste a ausência de medidas para resolver  a falta de médicos e de outros profissionais de saúde, não há financiamento suficiente para a beneficiação geral dos centros de saúde e outras infraestruturas hospitalares, bem como para os respetivos equipamentos, condição essencial para o acesso a cuidados primários.”

No que toca à ferrovia dizem os comunistas que “continua a arrastar-se em promessas e mais promessas” estando por abrir “o concurso para as obras de eletrificação e modernização da linha entre Casa Branca e Beja e o projeto de eletrificação dessa linha continua a não incluir a ligação ao aeroporto”. É ainda reivindicada a “reposição e a modernização da linha entre Beja e Funcheira, obra fundamental para uma ligação direta a Faro e para potenciar a atividade económica no Baixo Alentejo”.

Relativamente à rodovia afirma a DORBE que “as obras que estão previstas não correspondem ao necessário e mais uma vez atrasam antigas e justas reivindicações das populações, como é o caso do necessário IP8, com 2 vias em cada sentido, sem portagens, entre Sines e Vila Verde de Ficalho.”

No que se refere à agricultura e à gestão eficiente dos recursos hídricos, a DORBE considera que não se avança de forma decisiva com a concretização de perímetros de rega associados ao Alqueva, ao mesmo tempo que defende uma “alteração profunda no modelo de exploração agrícola que deve ter como prioridade assegurar a soberania e a segurança alimentar, garantir a salvaguarda do ambiente e do património cultural e natural e não ser um mero instrumento ao serviço da concentração de capital alavancado por um grande investimento público.”

Mesmo sem deputados eleitos por Beja, a DORBE garante que o grupo parlamentar do PCP tudo vai fazer, durante a discussão na especialidade do OE 2025, para que sejam incluídos no documento seis propostas concretas relativas à região:

Na saúde, ampliação e remodelação do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja, na agricultura, perímetros de rega sobre o circuito hidráulico de Póvoa - Moura e respetivos blocos de rega e o circuito hidráulico de Vidigueira e respetivo bloco de rega, nas acessibilidades, intervenções nas EN 258 no troço entre Vidigueira e Moura, EN 386 entre Amareleja e Barrancos, Estrada Nacional 265 entre Serpa e Mértola, Estrada Nacional 267, entre Mértola e Almodôvar, IP8 visando a conclusão na ligação entre Sines e Beja até final de 2026, e a conclusão entre Beja e Vila Verde de Ficalho em 2027 a par da reabilitação urgente das Estradas Nacionais 259, 121 e 260.

Outras propostas que a DORBE do PCP quer ver incluídas no OE2025 relativas à região dizem respeito à eletrificação e modernização da linha ferroviária do Alentejo entre Casa Branca e Ourique e a criação da plataforma logística junto ao Aeroporto de Beja. Ainda de âmbito nacional, mas também com impacto direto na região e na área das autarquias locais o reforço em 20% do Fundo de Financiamento para a Descentralização para o setor da Educação.

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.