O Observatório de Educação do Baixo Alentejo é uma plataforma eletrónica que permitiu criar “o que podemos chamar de um ecossistema de gestão de informação de educação”, explicou hoje José Veiga, diretor da empresa que criou e está a desenvolver a plataforma para a CIMBAL.

Este ecossistema de informação pode ser usado de forma recorrente “em prol de ações de melhoria e otimização do desempenho educacional” e do sucesso dos alunos, frisou.

O responsável falava num seminário, organizado pela CIMBAL e que decorreu hoje em Beja, para apresentar o observatório e refletir sobre os desafios da Educação no Baixo Alentejo.

Segundo José Veiga, a plataforma permite recolher informações a partir de sistemas dos agrupamentos de escolas e municípios da região para gerir diferentes operações e tem módulos que disponibilizam aplicações para registo e gestão de informações associadas a diversos processos.

Além das ferramentas de recolha e registo de informação, apresenta vários indicadores em páginas que permitem aos utilizadores “correlacionarem várias dimensões de análise e consultarem informação multidimensional”.

E também contribui para “a modernização das soluções tecnológicas disponíveis” nas entidades envolvidas, permitindo-lhes “otimizar os processos de gestão” e aceder a informações que permitem “claramente ter uma intervenção mais ativa e mais fundamentada”, vincou.

A vantagem é que, com a informação disponível, “passa a ser possível a cada escola determinar objetivos a atingir, políticas, práticas, ações e projetos” que “permitam otimizar o sucesso escolar”, frisou.

Segundo José Veiga, a plataforma, assegurando a proteção e a segurança de acesso de dados, tem três níveis de informação, sendo um primeiro para os agrupamentos de escolas, um segundo para os municípios e um terceiro agregado e que é o portal CIMBAL.

O primeiro nível contém informações dos agrupamentos de escolas e só utilizadores autorizados têm acesso à informação, que depois podem disponibilizar às equipas internas.

O segundo integra informações relacionadas com os processos de gestão na área da educação de cada um dos 13 municípios da CIMBAL, como os relativos aos transportes escolares e às atividades de enriquecimento curricular.

Os níveis dos municípios e da CIMBAL têm informação anónima em relação aos indicadores que resultam da informação dos agrupamentos para garantir a proteção de dados.

Já o portal CIMBAL tem mais de 40 páginas de indicadores agrupados em várias categorias e que permitem caracterizar globalmente o contexto da educação no Baixo Alentejo, como população escolar, avaliação e situações de risco associadas ao desempenho dos alunos.

Atualmente, “um ano e pouco depois do arranque do projeto”, a plataforma está a ter “uma utilização significativa” da parte dos agrupamentos e municípios, disse José Veiga.

Os utilizadores vão passar, agora, para “a fase verdadeiramente interessante: a da utilização recorrente da informação em prol das ações de melhoria e otimização do desempenho educacional”.

Segundo José Veiga, com o observatório pretende-se atingir três objetivos, o primeiro deles “disponibilizar informação fiável e atempada com atualizações regulares por semestre ou período letivo”.

O segundo objetivo é facilitar a análise e a monitorização recorrentes do sucesso escolar em tempo útil, para permitir aos decisores nos agrupamentos e municípios tomarem medidas, e o terceiro é permitir identificar situações associadas a insucesso e ações e projetos que permitam incidir sobre as condicionantes para otimizar globalmente o sucesso escolar.

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