A Câmara de Barrancos decretou três dias de luto municipal, com a bandeira do município a meia haste, segundo um comunicado divulgado pela autarquia e assinado pelo presidente.

“Foi aquele que iniciou os caminhos da democracia em Barrancos e a ele se devem as primeiras obras em democracia”, pelo que são “importantíssimas estas honras e respeito por alguém que foi presidente de câmara”, destacou o atual autarca do município, Leonel Rodrigues.

De acordo com dados biográficos consultados na Internet pela agência Lusa, Carlos Caçador Durão foi presidente da Câmara de Barrancos entre 01 de janeiro de 1977 e 31 de dezembro de 1982 (dois mandatos), eleito pela APU, candidatando-se, nas eleições seguintes, pelo PS, partido pelo qual foi eleito vereador.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do primeiro presidente da Câmara de Barrancos em democracia, Carlos Caçador Durão, salientando uma vida dedicada à “participação política”.

“O Presidente da República lamenta a morte de Carlos Caçador Durão e envia à Família e ao Município de Barrancos as mais sentidas condolências”, lê-se numa mensagem publicada no sítio oficial da Internet da Presidência da República.

Na nota, assinala-se que “Carlos Caçador Durão exerceu dois mandatos como presidente da Câmara Municipal de Barrancos (entre 1977 e 1982), tendo sido também vereador, dedicando assim grande parte da sua vida à participação política”.

Num comunicado divulgado ontem, o deputado socialista Pedro do Carmo, eleito pelo círculo de Beja, anunciou que, mal a Assembleia da República retome a atividade, vai apresentar “um voto de pesar pela perda de um democrata que se bateu por Barrancos e pelos barranquenhos”.

“A Casa da Democracia deve honrar os seus democratas nos diversos patamares do serviço público, quantas vezes, como é o caso, muito longe dos centros de decisão, sem perder a determinação em fazer o melhor pelos portugueses e por Portugal, em todo o território nacional”, justificou.

Carlos Caçador Durão foi, além de militante do PS, um homem “comprometido à sua terra pelo amor à sua identidade e às suas gentes”, argumentou Pedro do Carmo.

“Serviu as suas gentes com importantes marcas de desenvolvimento local, num momento em que país, libertado do Estado Novo, se confrontou com tantos desafios, necessidades e ambições individuais e comunitárias”, evocou, endereçando, tal como o autarca Leonel Rodrigues, condolências à família de Carlos Caçador Durão.

Em nota de imprensa, a Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista “lamenta profundamente o falecimento do camarada Carlos Caçador Durão, ilustre barranquenho e socialista, que durante mais de 40 anos trabalhou em prol das populações, da sua terra e da região do Baixo Alentejo.”

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