Em comunicado, o CEPAAL explicou que, além de Manuel Norte Santo, diretor comercial da SICA – Sociedade Industrial e Comercial de Azeites, foi eleito como vice-presidente Hélder Manuel Sousa Transmontano, da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, C.R.L, bem como três vogais efetivos e dois vogais suplentes.

De acordo com a organização, sediada em Moura, no distrito de Beja, a nova direção “reafirma o compromisso de dar continuidade ao trabalho já desenvolvido, reforçando a valorização e promoção do setor olivícola e oleícola nacional, com especial destaque para o Azeite do Alentejo”.

Esta região é “responsável por 80% a 90% da produção nacional” e “lidera na produção de azeite virgem extra graças aos seus mais de 66 mil hectares de olival intensivo em sebe - que permite mais de 1.500 oliveiras por hectare -, dos quais mais de 50 mil foram plantados apenas na última década”, destacou o CEPAAL, aludindo a dados de 2024 do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Sustentada por plantações modernas e condições climáticas favoráveis, a produção de azeite no Alentejo assume um papel central na economia nacional, em particular pelo peso crescente das exportações, cujo valor já ultrapassa os 1,5 mil milhões de euros”, sublinhou.

O novo presidente, citado no comunicado, manifestou empenho em projetar o CEPAAL e o Azeite do Alentejo “para o futuro, dinamizando o setor, promovendo o debate e a partilha de conhecimento entre profissionais”.

“Vivemos um tempo de enormes desafios marcados por contextos geopolíticos instáveis, conflitos com repercussões globais e pela incerteza económica e política”, alertou.

Mas, ao mesmo tempo, segundo Manuel Norte Santo, este é um período de “extraordinárias oportunidades, sobretudo fruto da notável evolução que o setor oleícola português tem feito e da capacidade que as empresas e os produtores nacionais têm tido de se projetar em todo o mundo”.

“Temos agora a responsabilidade, enquanto setor e enquanto país, de definir mais e melhores estratégias, de reforçar a aposta no investimento em promoção e inovação, de criar uma marca única para agregar e potenciar a visibilidade do azeite português”, propôs.

Entre outras matérias, a instituição disse estar atenta à necessidade de proteger as variedades de azeitona únicas e os conhecimentos ancestrais do território, “projetando-os no futuro e garantindo o seu desenvolvimento sustentável e inovador”.

Aludindo à “pressão das tarifas comerciais internacionais” e ao atual “contexto particularmente desafiante para o setor”, Manuel Norte Santo vincou que Portugal é “internacionalmente reconhecido como o país que maior quantidade de azeite de alta qualidade produz em todo o mundo” e “afirma-se como o sexto maior produtor mundial e o terceiro maior exportador europeu de azeite”.

O CEPAAL, fundado em 1999, com a missão de valorizar e promover o Azeite do Alentejo em Portugal e no resto do mundo, conta com 32 produtores e 12 instituições ligadas ao setor olivícola e oleícola, incluindo como associados organismos do Estado, municípios e universidades.

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