“Foi uma campanha recorde e que nos deixou bastante satisfeitos”, disse hoje à agência Lusa José Duarte, o presidente da CAMB, que tem 1.300 sócios olivicultores, que abrangem 20.000 hectares de olivais, espalhados pelos concelhos alentejanos de Moura e Barrancos, no distrito de Beja.

Segundo o responsável, na mais recente campanha olivícola, que arrancou em outubro de 2021 e terminou esta semana, a CAMB recebeu e laborou 62.000 toneladas de azeitona colhidas pelos seus sócios olivicultores e entregues no seu lagar para produção de azeite.

Trata-se do “maior volume de sempre na colheita de azeitona” desde a fundação da cooperativa em 1954, frisou, referindo que o anterior valor mais alto registado tinha sido de 45.000 toneladas na campanha de 2019/2020.

As 62.000 toneladas de azeitona permitiram produzir 10.500 toneladas de azeite, “a maior produção de sempre” desde a fundação da cooperativa, sublinhou, indicando que o anterior maior valor registado tinha sido de 7.400 toneladas na campanha de 2019/2020.

Na análise laboratorial, cerca de 93% do azeite produzido foi qualificado como virgem extra, uma classificação atribuída a azeite de qualidade superior e com uma acidez igual ou inferior a 0,8%, indicou.

Condições meteorológicas “extremamente favoráveis” à produção de azeitona, entrada em produção de novos olivais e “uma grande resposta dos olivais tradicionais” foram os fatores apontados por José Duarte para justificar os recordes conseguidos pela CAMB na campanha olivícola de 2021/2022.

A campanha foi “longa” e “superou as estimativas iniciais”, que apontavam para uma recolha e laboração de 50.000 toneladas de azeitona e uma produção de 8.200 toneladas de azeite, referiu.

“Acreditamos que, nos próximos anos, vamos continuar a ter sucessivos recordes de produção”, admitiu o presidente da CAMB, que tem sede na cidade de Moura.

A CAMB, que se apresenta como “a maior cooperativa de produção de azeite em Portugal”, produz azeites exclusivamente com azeitonas colhidas nos olivais dos seus sócios.

Segundo a cooperativa, que tem 50 trabalhadores, a produção dos azeites é feita “num dos lagares mais modernos do país” e que tem capacidade para laborar 1.200 toneladas por dia.

Um dos azeites produzidos pela CAMB é o “Azeite de Moura DOP” (Denominação de Origem Protegida), destinado aos mercados nacional e internacional.

O Azeite de Moura DOP, extraído das variedades tradicionais de azeitona cordovil de Serpa, galega e verdeal alentejana, foi o primeiro azeite qualificado com DOP em Portugal.

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