“Precisamos de um governo novo porque precisamos de ter mais futuro, porque o Partido Socialista falhou em tudo aquilo que é importante na vida social e económica do país e também precisamos por uma questão de higiene democrática”, afirmou.

O líder dos sociais-democratas discursava após um jantar com apoiantes num hotel de Beja, no final do segundo dia da iniciativa Sentir Portugal neste distrito alentejano e após passagem pelos concelhos de Moura, Serpa, Barrancos, Almodôvar, Mértola e Serpa.

Sobre o Baixo Alentejo, Montenegro lembrou que o PS tem nesta região dois deputados e a presidência de 10 câmaras municipais, concluindo que, mesmo com um Governo do mesmo partido e com maioria absoluta, “não conseguem nada para o distrito”.

“É o cúmulo da incompetência política”, exclamou.

Com o presidente da Distrital de Beja, Gonçalo Valente, e a única deputada do partido eleita no Alentejo, Sónia Ramos, na assistência, Montenegro insistiu que “é preciso acabar com esta cultura de apropriação do Estado”.

“Estes senhores julgam-se mesmo os detentores do poder absoluto e é preciso dizer aos portugueses que o Estado precisa de respirar e as pessoas e a sociedade têm que respirar”, realçou.

Para o presidente social-democrata, se o PS se mantiver no Governo e com o maior número de presidentes de câmara, a sociedade vai “alimentar esse poder absoluto” e a “contribuir para a confusão entre o Partido Socialista e o Estado”.

Na sua intervenção de quase 30 minutos, o dirigente ‘laranja’ lamentou o tom “deprimente” com que António Costa se referiu a Cavaco Silva, na segunda-feira, durante uma entrevista televisiva.

Costa parecia “querer subestimar o facto de no PSD termos muito orgulho no seu legado enquanto primeiro-ministro”, disse, referindo que “um governo de maioria absoluta cair ao fim de 15 meses nunca aconteceu nos governos do professor Cavaco Silva”.

“Uma das frustrações que seguramente o doutor António Costa é que em termos de projeto, capacidade de realização, progresso e desenvolvimento, o professor Cavaco Silva dá, não é 10, é 100 a zero a António Costa como primeiro-ministro”, continuou.

O líder do PSD afirmou-se ainda chocado por ver “todos os dias cerimónias” em que participam membros do atual Executivo socialista, agora em gestão, “como se o Governo tivesse a iniciar” funções.

Entre outras propostas, o presidente social-democrata disse querer acabar com a tendência que existe de dezenas de milhares de jovens que procuram oportunidades de emprego fora de Portugal e lançar um rendimento mínimo garantido para os pensionistas.

“O país de impostos altos e serviços públicos mínimos não tem futuro”, acrescentou.

A iniciativa Sentir Portugal no distrito de Beja termina na quarta-feira com visitas nos concelhos de Odemira e Ourique.

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