José António Falcão elevado a académico de Mérito da Academia Portuguesa da História
José António Falcão, historiador de arte, museólogo e docente universitário foi elevado a académico de Mérito da Academia Portuguesa da História. José António Falcão já era membro correspondente da Academia, desde 2003, no distrito de Beja.

Fundada em 1938, como ressurgimento da desaparecida Academia Real da História Portuguesa, criada por D. João V em 1720, a Academia Portuguesa da História é uma instituição científica do Estado Português que funciona sob a tutela do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto. Constitui o organismo de cúpula dos especialistas em Ciências Históricas do nosso país, mantendo atividade pública, nomeadamente conferências, cursos e publicações. Está sediada no Palácio dos Lilazes, em Lisboa.
José António Falcão é autor de vasta bibliografia de referência sobre a história e o património de Portugal, Brasil e Espanha, com destaque para o Alentejo. Conservador de Museus de profissão, tem desempenhado funções em diversas entidades do Ministério da Cultura, entre elas a de presidente do OPART/Teatro Nacional de São Carlos e assessor da Direção-Geral do Património Cultural. Já dirigiu vários museus, como a Casa dos Patudos, em Alpiarça, e foi assessor do Museu Calouste Gulbenkian.
José António Falcão Falcão esteve também à frente, durante muitos anos, do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, onde promoveu a conservação e restauro de um amplo conjunto de monumentos - entre eles, a catedral bejense - e obras de arte, além de organizar uma rede de museus premiada a nível internacional. Professor de História de Arte, tem ensinado na Universidade Católica Portuguesa e em universidades de Espanha, Brasil e Estados Unidos da América. É investigador do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta, de Lisboa.
Um dos seus últimos livros, Parecer e Ser, que analisa um período marcante das relações de Portugal com a China, no século XVIII, publicado pela editora Orik, recebeu em 2024 o Prémio Fundação Gulbenkian – História da Presença de Portugal no Mundo. A intervenção de José António Falcão no estudo e salvaguarda do património religioso, à escala europeia, foi reconhecida, também em 2024, pelo Governo da Bélgica, que o fez cavaleiro da Ordem da Coroa, por decreto real de 4 de fevereiro desse ano.