“Neste momento estão a ser efetuados os levantamentos, por parte das entidades, junto com os operadores, para se apurarem os prejuízos e delinear o que podemos fazer para relançar o turismo nestas unidades”, afirmou Nuno Fazenda.

O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, falava à Lusa à margem de uma visita a Odemira (Beja), onde se deslocou para ouvir os empresários e associações locais de desenvolvimento turístico e compreender o impacto dos incêndios na atividade.

Segundo o governante, há unidades que já retomaram a ocupação, enquanto noutras ainda se procede a trabalhos de remoção dos destroços, enquanto se apuram também os danos causados pelo fogo, cujo impacto reveste várias formas.

De acordo com Nuno Fazendo, há empreendimentos em que o que foi afetado foi a paisagem envolvente, há outros que sofreram danos materiais – pelo menos uma unidade ficou praticamente destruída e outras parcialmente - e, ainda, o impacto relativo às quebras na procura que tiveram e ainda poderão ter.

“Uma das unidades que visitei foi evacuada nos dias de maior intensidade do fogo, mas no dia seguinte as reservas retomaram e já está com ocupação”, referiu, frisando que o turismo no concelho está a funcionar e de “braços abertos” para receber visitantes.

Questionado pela Lusa sobre eventuais apoios a conceder aos empresários afetados, o governante disse que este é o momento de ouvi-los e apurar os danos para depois se poder desenhar “os instrumentos mais adequados para dar resposta ao turismo do concelho e da região".

Segundo estimou na quinta-feira a associação Casas Brancas, que está a contabilizar os prejuízos, perto de 20 alojamentos turísticos do concelho foram afetados, alguns com danos materiais, pelo incêndio que deflagrou no sábado.

“Temos vários [alojamentos] nesta faixa do litoral alentejano e alguns deles foram afetados com danos materiais, como é o caso do Monte da Choça, que é do fundador das Casas Brancas, que perdeu parte do seu alojamento e infraestruturas de apoio”, disse à agência Lusa, Mónica McGill, presidente da rede Casas Brancas.

Outras unidades que escaparam à violência das chamas foram afetadas “pela saída dos hóspedes e alguns cancelamentos”, indicou.

O incêndio, que teve início no sábado e foi dado como dominado às 10:15 de quarta-feira, mantinha-se hoje de manhã em fase de rescaldo devido a “alguns pontos quentes”, que “ainda oferecem preocupação”, segundo fonte da Proteção Civil.

De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 12:15 o fogo mobilizava 679 operacionais, apoiados por 232 veículos e dois meios aéreos.

O incêndio rural numa área de mato e pinhal deflagrou na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio, concelho de Odemira, a meio da tarde de sábado e entrou nos concelhos algarvios de Monchique e Aljezur.

A área ardida ascende a cerca de 8.400 hectares, num perímetro de 50 quilómetros.


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