“A maior parte dos hoteleiros estima que a Páscoa será melhor este ano do que o ano passado”, assinalou hoje o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, em declarações à agência Lusa.

Apesar de os hotéis da região “ainda” não estarem cheios para esta época festiva, o responsável indicou que alguns já têm “reservas acima dos 50% e dos 70%” e outros possuem “estimativas de ocupação próximas dos 100%”.

“Acentua-se a tendência para uma ocupação ligeiramente superior a 2023”, pois “a ocupação média vendida na hotelaria, nesta fase, é superior a 60% e ainda vai acelerar nos próximos dias, cumprindo a tendência de [reservas de] última hora”, adiantou.

Na época da Páscoa, precisou o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, a região alentejana é procurada, sobretudo, por turistas portugueses, espanhóis e alguns alemães, com destaque para famílias e grupos de amigos.

“Os espanhóis reagem muito à motivação da gastronomia e, nos últimos anos, ao turismo de caminhadas, mas, de facto, a gastronomia e a restauração são vetores essenciais na atração para esse mercado e também nesta altura do ano”, referiu.

José Manuel Santos lembrou que a tradição gastronómica da região nesta época é a dos pratos confecionados à base de carne de borrego, realçando que há eventos gastronómicos ligados a este hábito em Castro Verde (Beja) e Sousel (Portalegre).

As comemorações da Semana Santa, com destaque para as celebrações no concelho de Crato (Portalegre), ou as atividades ao ar livre, como caminhadas e passeios de bicicleta, um pouco por todo o Alentejo, são outros dos ‘chamarizes’ da região.

Nas declarações à Lusa, o responsável frisou que estas previsões estão em linha com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) para janeiro, que indicam “uma subida de cerca de 3% nas dormidas [na região] comparativamente ao mesmo mês do ano anterior”.

“A boa dinâmica com que terminámos 2023 está, para já, a passar para 2024 e esperamos, numa altura sempre propícia a deslocações dos portugueses e também de muitos vizinhos espanhóis, ter uma boa Páscoa na nossa região”, sublinhou.

Para o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, a localização geográfica da região alentejana, com proximidade à Grande Lisboa e a Espanha, assim como a qualidade dos alojamentos e da restauração, têm sido determinantes para o sucesso.

“Há uma dinâmica de crescimento da região, quer no mercado português, quer nos mercados externos, que é também de todo o país e temos a expectativa este ano de continuar a crescer”, ainda que o ritmo possa abrandar em relação a 2023, disse.

Com a região a crescer em número de dormidas, José Manuel Santos apontou que “é importante também crescer em proveitos”, ou seja, em valor, para que o Alentejo possa “convergir, o mais depressa possível, com a média nacional”.

“Isso também implica uma região turística mais bem preparada, com melhores acessibilidades, melhor serviço, melhor qualificação do espaço público, melhor animação e profissionais mais bem formados para podermos apresentar ao mercado um preço consentâneo com esse nível de qualidade”, acrescentou.

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