Foto: Justino Engana

O anúncio foi feito pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, na visita à Feira do Montado em Portel, que elogiando o papel da EDIA e de Alqueva afirmou querer que a empresa que gere Alqueva possa ter um papel mais alargado a todo o país.

Atualmente compete à Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) exercer as funções de autoridade nacional do regadio, a quem compete promover e acompanhar a elaboração dos estudos e dos projetos de execução de infraestruturas coletivas de distribuição de água para rega, de drenagem, emparcelamento integral e de caminhos rurais, no âmbito da construção de novos aproveitamentos hidroagrícolas ou na reabilitação e modernização dos já existentes.

A transferência para uma empresa, mesmo pública, destas competências, não é, segundo fontes contatadas pelo Atual, bem vista, já que se podem colocar em causa conflitos de interesse na gestão pública da água.

Outra fonte assegurou ao Atual que a ideia de transferir competências da DGADR, na área da gestão operacional do regadio já vem sendo equacionado há algum tempo, sendo que isso passaria por “robustecer” a EDIA.

Confrontada pelo Atual com as preocupações da EDIA, recentemente manifestadas por José Pedro Salema, presidente da EDIA, sobre o significativo aumento da fatura de energia no empreendimento de Alqueva, e a recusa do Governo em fazer refletir esse aumento na fatura da água fornecida aos agricultores, Maria do Céu Antunes, assegurou que o governo tem adiado essa repercussão, mas neste momento é inevitável que a mesmo venha a acontecer.

A ministra da Agricultura diz que o Estado não pode estar a subsidiar, desta forma, os custos da energia e que a EDIA tem de ser sustentável.

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