Gonçalo Caleia Rodrigues, que foi até 2019 coordenador do Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio (COTR), é vice-presidente do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA-UL), é a escolha do Governo para o cargo de secretário de Estado da Agricultura, lugar que estava vago desde a demissão de Carla Alves, em 5 de janeiro.

Numa altura em que a atual ministra da Agricultura anuncia o alargamento de funções da EDIA, na gestão do regadio no resto do país, o agora indigitado secretário de Estado, manifestava em artigo de opinião publicado no AgroPortal, em março de 2021, incompreensão pela escolha da EDIA, por parte de Maria do Céu Antunes, para a realização do “estudo nacional de avaliação dos territórios para reforço do regadio”.

Dizia Gonçalo Rodrigues, “não posso deixar de ficar preocupado… E essa preocupação prende-se com o facto de ter sido a EDIA e não a DGADR a instituição escolhida para avaliar as condições edafoclimáticas do território, permitindo a escolha das potenciais regiões propícias a ser alvo de extensão de obras em utilização ou de novas empreitadas para a construção de novos perímetros de rega. Temo que este seja o começo de uma jornada sem retorno… Que, à semelhança do que vimos acontecer com a DGAV, seja o início de um processo de tirar competências à Direção-Geral da nossa Agricultura. Direção-Geral essa que deveria continuar a ser aquilo que a caracterizou e ainda continua a caracterizar: um verdadeiro organismo público ao serviço a agricultura e desenvolvimento rural, e a verdadeira Autoridade Nacional do Regadio”. 

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