Festival Terras sem Sombra leva a Ferreira do Alentejo o encanto da música barroca
O concelho de Ferreira do Alentejo acolhe, hoje e amanhã o segundo fim-de-semana da 21.ª temporada do Festival Terras sem Sombra.

O concerto com o ensemble ítalo-polaco Giardino di Delizie subordinado ao título “O Barroco, essa Casa Comum: Música Europeia dos Séculos XVII e XVIII”, a atividade no Património sob o tema “Em Terras da Deusa Fortuna: A Aldeia e a Freguesia de Alfundão” e a salvaguarda da Biodiversidade com um alerta para uma questão premente: “Um Tesouro que Permanece in situ: O Solo e o Resgate de Carbono” são os pricniapis destaques.
Giardino di Delizie, ensemble ítalo-polaco dirigido por Ewa Anna Augustynowicz apresenta-se, esta noite, no Lagar do Marmelo, em Figueira dos Cavaleiros. O concerto intitulado “O Barroco, essa Casa Comum: Música Europeia dos Séculos XVII e XVIII” apresenta peças de compositores intemporais, como Georg Philipp Teleman, Giovanni Picchi e Johann Heinrich Schmelzer, ressoam nos instrumentos de cordas do Giardino di Delizie, fundado em 2014.
Composto por especialistas em instrumentos antigos da Polónia e de Itália, formados por eminentes mestres da música antiga, o ensemble Giardino di Delizie assume a missão de redescobrir compositores esquecidos da música instrumental na Roma do século XVII, bem como aqueles que foram inspirados pela Polónia ou que viveram (e trabalharam) na Polónia. Sublinhe-se que este agrupamento já atuou em importantes festivais em Itália e no estrangeiro e gravou sete álbuns para a editora Brilliant Classics e um para Da Vinci Publishing, incluindo primeiras gravações mundiais de obras de Lonati, Colista, Stradella e Mannelli.
A anteceder o momento musical, esta tarde de sábado, propõe uma atividade de Património intitulada “Em Terras da Deusa Fortuna: A Aldeia e a Freguesia de Alfundão”. Com ponto de encontro na igreja paroquial de Nossa Senhora da Conceição, em Alfundão, a visita é guiada por Maria João Pina, coordenadora do Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, acompanhada por José António Falcão, historiador de arte. Aos participantes é deixado um desafio, o de calcorrearem as ruas de uma localidade de profundas raízes alentejanas.
Alfundão foi outrora vila e senhorio medieval e guarda vestígios de um passado que se estende da época romana até aos dias de hoje. O seu nome, mais do que provável herança da família Fundana, atravessou séculos, moldado por romanos, mouros e cristãos. Vozes do passado que ressoam nas inscrições dedicadas à deusa Fortuna, testemunhos da presença romana. Durante o período visigótico, ergueu-se ali uma igreja, precursora da actual igreja paroquial, interessante edifício do século XVI. A capela de São Sebastião, a ponte romana e o chafariz contam a história de um tempo em que Alfundão se afirmava como importante centro de comércio.
O fim-de-semana do TSS em Ferreira do Alentejo encerra, no domingo, com uma ação de Salvaguarda da Biodiversidade subordinada ao tema “Um Tesouro que Permanece in situ: O Solo e o Resgate de Carbono” e tem como ponto de encontro a igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Ferreira do Alentejo. Luísa Coelho, engenheira agrónoma e doutora em Ciências Agrárias e Ambientais, investigadora do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, com sede na Universidade de Évora, guiará a atenção dos participantes rumo ao solo, um dos maiores aliados no combate às alterações climáticas.
Ao longo da atividade, os participantes são convidados a conhecer técnicas, como a rotação de culturas, como forma de evitar o empobrecimento da terra; o plantio direto, que reduz o revolvimento da terra; e o uso de adubos orgânicos e compostagem, que enriquecem a fertilidade do solo de forma natural. Uma ocasião para refletir sobre um problema candente da sociedade atual.
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