"Em meu nome e em nome da Assembleia da República, endereço as mais sentidas condolências à família enlutada e amigos, bem como ao Partido Comunista Português", escreve Eduardo Ferro Rodrigues, numa mensagem enviada à imprensa.

Adiantando que foi "com pesar" que recebeu a notícia, Ferro Rodrigues refere o percurso político do ex-autarca, lembrando que foi "deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República (na I e II Legislaturas), eleito nas listas do Partido Comunista Português pelo círculo de Beja, bem como presidente da Câmara Municipal de Beja, cargo que ocupou entre 1983 e 2005".

"Além da atividade política, José Carreira Marques distinguiu-se como cronista, quer na imprensa escrita do Alentejo, quer em rádios locais, tendo ainda publicado dois livros de poesia – (In)certos instantes e O Sol incendiado", lê-se na mensagem.

O antigo presidente da Câmara de Beja José Manuel Carreira Marques morreu hoje, aos 77 anos, no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), revelou à agência Lusa fonte próxima da família.

Segundo a mesma fonte, o antigo autarca, que tinha “problemas renais e de diabetes”, estava internado “há cerca de uma semana”, na unidade hospitalar de Évora, acabando por falecer esta madrugada, vítima de “paragem cardiorrespiratória”.

Natural de Falagueira, no concelho de Amadora (Lisboa), José Manuel Carreira Marques, técnico de contas de profissão, foi eleito para a Câmara de Beja, pela primeira vez, nas eleições de 1982 e tomou posse em janeiro de 1983, presidindo ao município até 2005, sempre eleito por coligações lideradas pelo PCP.

Antes de ser presidente de câmara, Carreira Marques, que residiu em Beja desde os 15 anos, foi eleito deputado pelo PCP na primeira Assembleia Constituinte e foi depois deputado do partido na Assembleia da República pelo círculo de Beja, entre 1976 e 1982.

Na sua passagem pela Assembleia da República, fez também parte da comissão parlamentar portuguesa no Conselho da Europa.

Militante do PCP desde 1974, Carreira Marques foi igualmente um dos “rostos” no Alentejo do Movimento da Renovação Comunista.

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