O ano que termina, para a FENPROF, “continuou a ser marcado pelos efeitos da pandemia, pelo início de um plano de recuperação que, vendo bem, pouca ou nenhuma novidade trouxe às escolas, pelo acentuar do problema da falta de professores, principalmente em algumas regiões do país e foi, ainda, um ano letivo que contou com duas equipas ministeriais, embora o atual ministro já tenha integrado a equipa nas duas anteriores legislaturas.”

Nesse sentido, a FENPROF considera que “não surpreende, por isso, que, da transição, não tenha resultado resposta diferente da que seria necessária para concretizar a indispensável e urgente valorização dos docentes, fator essencial à atratividade e à captação de jovens para a profissão, e que, do único processo negocial desenvolvido, tenha resultado a imposição, pela tutela, de regras que deixam sem proteção professores com doenças incapacitantes, num claro desrespeito por estes docentes.”

Quanto ao anúncio do ministro da Educação, na Assembleia da República, de 11 medidas para dar resposta à falta de professores, considera a FENPROF que “passam ao lado do essencial, orientando-se para soluções imediatas e de curto prazo, em alguns casos, passíveis de resolver o problema numas regiões, mas à custa do seu surgimento ou agravamento em outras.”

A FENPROF já prepara o próximo ano letivo, no plano da ação sindical, a prioridade é “o envolvimento dos professores no debate, na construção de propostas, na ação e, sendo necessário, na luta por melhores condições de trabalho e de vida.”

No 1 de setembro, a FENPROF faz um ponto de situação relativo à colocação de professores, nomeadamente ingresso nos quadros, mobilidade interna, contratação inicial e também o resultado, final da mobilidade por doença. Entre 1 e 13 de setembro, em todas as sedes de agrupamento, escolas não agrupadas e centros escolares de maior dimensão será colocada “uma faixa ou pendão reclamando a valorização da carreira docente e o reforço das verbas para a Educação, iniciativa que visa alertar a opinião pública para a necessidade de, no próximo Orçamento do Estado, a Educação passar a ser prioridade da governação.”

A partir de 13 de setembro, data em que as escolas começam a receber os alunos para o ano letivo 2022/2023, a FENPROF coloca a funcionar um “Contador de alunos sem professores”.

O Dia Mundial do Professor, que se celebra a 5 de outubro, será assinalado pela FENPROF ao longo de todo o mês. Em torno daquele dia, será convocada uma ação, provavelmente de rua, que culminará com a apresentação das propostas da FENPROF para o OE de 2023. Ainda no âmbito do dia 5 de outubro, os sindicatos da FENPROF afixarão faixas junto de diversos serviços (saúde, judiciais, cultura, comunicação social, entre muitos outros) chamando a atenção para o facto de os professores terem sido indispensáveis à formação dos seus profissionais. Ainda em outubro serão desenvolvidas outras iniciativas com as quais se pretende chamar a atenção para a importância do papel dos professores e a necessidade da sua valorização.

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.