Uma nova criação de dança, criada e dirigida pelos coreógrafos e bailarinos Marina Nabais e Ricardo Machado, com interpretação de elementos da comunidade.

Entropia é a medida da quantidade de energia cinética que não é convertida em trabalho, que dita a desordem de um sistema, bem como a sua imprevisibilidade. Aumentar a desordem, ou seja, a entropia de um sistema termodinâmico significa, de forma similar, dar-lhe condições para que haja um maior número de microestados acessíveis às partículas que o compõem. Será́ a entropia vista só́ como perda e caos? Ou poderemos encontrar um espaço de resiliência e da possibilidade de gerar microestados de imprevisibilidade que voltem a gerar vida?

Este é o ponto de partida para a dupla de bailarinos e coreógrafos Marina Nabais e Ricardo Machado, uma nova criação de dança, a ser interpretada juntamente com elementos da comunidade do concelho de Mértola, numa ampla janela de tempo e onde a sensação de pertença e orgulho se alie à exploração de novas formas de expressão corporal.

O espetáculo ENTROPIA faz parte do projeto MALACATE, uma iniciativa de intervenção artística na Mina de S. Domingos que se desenvolve, entre janeiro de 2022 e junho de 2023 e que convida a população da localidade a juntar-se a artistas portugueses e estrangeiros a criar diversas obras de arte. Da Dança à Arte Pública, do Teatro às Artes Plásticas. Os artistas foram desafiados a imaginar e criar obras de arte que se relacionassem com a Mina de S. Domingos e com quem a habita. Um local com marcante passado de exploração mineira, de que é prova o edificado industrial de impressivo valor estético que ainda subsiste.

FOTO: Sónia Godinho

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