Uma afirmação que surge numa altura em que surgiram notícias a dar conta que  “a capacidade estática de armazenamento das unidades de receção de bagaço de azeitona está praticamente esgotada, e que pode “(…) originar um verdadeiro caos ambiental ao não haver onde colocar aquele bagaço de azeitona.”

Para a Associação Ambiental esta constatação, coloca em evidência “as fragilidades do modelo de desenvolvimento e exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), que tem assentado na monocultura do olival sem que os organismos responsáveis olhem para o território, para as comunidades e para o necessário reforço dos serviços e equipamentos públicos, para além da necessária estratégia a desenvolver de fixação de agroindústrias amigas do ambiente que possam corresponder aos subprodutos originados por esta monocultura sem colocar em causa a sustentabilidade económica e ambiental.”

Ainda segundo a associação “a ausência da aceitação de uma estratégia global equilibrada para o setor agrícola e para o EFMA, pelos organismos competentes, tem provocado estes desequilíbrios estruturais, que já penalizam as comunidades e populações residenciais limítrofes, onde estão instalados os olivais e as unidades de receção dos bagaços.”

É ainda considerado que “se nada for feito, situações como a da aldeia das Fortes se venham a multiplicar à medida que acresce a pressão para aumentar a capacidade de laboração das unidades industriais de extração do óleo do bagaço de azeitona, e a abertura de novas fábricas.”

Os Amigos das Fortes afirmam ainda que ”o bagaço de azeitona visto até aqui como um resíduo tem vindo cada vez mais a ser considerado um recurso agronómico de grande valor pelo que transformado em composto já é utilizado em algumas explorações agrícolas sustentáveis” e defendem que “a fileira do olival deve seguir, o caminho da sustentabilidade e o aproveitamento dos fundos comunitários em torno da economia circular, sendo exemplo disto a herdade do Monte Novo e o Olival da Risca em Serpa – o 1º projeto piloto da EDIA como centro de compostagem URSA.”

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.