DRA do PCP reitera desafios ao governo sobre projetos da região
A DRA do PCP afirma a sua “inabalável determinação em continuar a lutar pelo pleno aproveitamento de todas as potencialidades e valências do Aeroporto de Beja e pela melhoria da rede rodoviária e ferroviária na região”. São ainda reiterados desafios ao governo sobre projetos da região.
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Esta foi uma das ideias que saiu da última reunião da
DRA do PCP, neste encontro foi reiterado o “desafio ao Governo e ao PS para que
clarifique a sua disponibilidade para considerar no âmbito da atualização do
PRR e de outros instrumentos de financiamento os meios necessários para: a
modernização e eletrificação de toda a Linha do Alentejo, na ligação entre Casa
Branca-Ourique/Funcheira, incluindo na ligação ao aeroporto de Beja e na
garantia do serviço de Alta Velocidade até 250km/h nesta linha” assim como “para
a conclusão do IP8 na sua totalidade, entre Sines e Vila Verde de Ficalho,
conforme definido no Plano Rodoviário Nacional, com duas vias de trânsito em
cada sentido e sem portagens; a conclusão do IP2, designadamente no troço entre
Évora e Estremoz.”
Os comunistas reiteram “igualmente o desafio ao Governo para clarificar quais as medidas que entende tomar para concretizar as recomendações aprovadas na Assembleia da República relativas ao aproveitamento, a curto e médio prazo, do aeroporto de Beja e a sua plena integração na rede aeroportuária nacional.”
Para o PCP “a realidade da região Alentejo é um exemplo marcante de como a política de direita dos sucessivos governos do PS, PSD e CDS acumula responsabilidades num vasto conjunto de problemas estruturais de produção, demográficos, de subaproveitamento dos recursos e potencialidades existentes, de degradação dos serviços públicos, designadamente na saúde, e de destruição de serviços desconcentrados do Estado.”
Na reunião da DRA saiu também a ideia que “o PCP não desistirá de lutar contra a extinção da Direção Regional da Cultura, e não baixará os braços na exigência do apoio à cultura e aos diversos agentes culturais e apelando à sua luta contra esta medida” uma luta, também inserida na “exigência do cumprimento do desígnio constitucional da regionalização.”
A DRA do PCP alerta, mais uma vez, para “os enormes riscos inerentes ao crescimento descontrolado da monocultura intensiva” referindo que “só no perímetro de rega do Alqueva o olival e o amendoal ocupam já uma área de mais de 75%, ocupando as culturas permanentes uma área de 82% e as culturas anuais 18% o que torna mais difícil a gestão do recurso água. Em 2017 as culturas permanentes ocupavam 69% e as anuais 31%.”
A DRA reclama ainda que “a reserva estratégica de água
e a utilização de todas as infraestruturas hidráulicas existentes que estão
suportadas em fundos públicos, deve estar ao serviço do interesse público, das
populações e de um processo de desenvolvimento integrado” e “reafirma a
necessidade de uma reserva estratégica de terras, com orientações e definição
prévia sobre o processo produtivo, assente na prioridade em produções agrícolas
que diversifiquem a base económica, criem valor acrescentado, favoreçam e
dinamizem o relevante papel da agricultura familiar e reconheçam e valorizem o papel
dos trabalhadores agrícolas.”
A DRA do PCP entende ainda que “a agricultura na região não se esgota no regadio, pois são necessárias orientações e medidas de apoio às atividades de sequeiro, por forma a assegurar a existência de produção de carácter tradicional, em torno de produtos cuja qualidade tem vindo a ser comprovada e cuja defesa e salvaguarda é de grande importância, favorecendo os circuitos curtos e os mercados de proximidade.”