Doc’s Kingdom celebra 25 anos de cinema documental em Odemira
A 25ª edição do Doc’s Kingdom – Seminário Internacional de Cinema Documental decorre, em Odemira, a partir de hoje e até quarta-feira. Com curadoria de Raquel Schefer e Rita Morais, o programa deste ano foca as práticas cinematográficas coletivas, num diálogo com momentos históricos e contemporâneos do cinema documental.
Sob o título “Uma Colectiva Harmonia Desarticulada”, inspirado no verso do poeta Sean Bonney, o seminário explora a história política do Alentejo e, em particular, o processo de coletivização da terra e do trabalho que marcou profundamente a região durante a Reforma Agrária.
O encontro anual, que decorre pela terceira vez consecutiva no concelho de
Odemira, reúne cineastas e profissionais de todo o mundo para uma semana de
exibição de filmes, debates, uma exposição e várias atividades.
A iniciativa conta com a participação de coletivos cinematográficos reconhecidos, como o Grupo Zero (Portugal), Ogawa Productions (Japão) e CAMP (Índia), além de Sueli e Isael Maxakali com colaboradores,
cineastas brasileiros do povo Tikmũ'ũn (Maxakali), e do coletivo anarca-feminista boliviano Mujeres Creando.
O Doc’s Kingdom oferece ainda uma série de sessões gratuitas e abertas ao público, no Cineteatro Camacho Costa, que incluem filmes impactantes, seguidas de debates e conversas com os realizadores.
Neste primeiro dia, pelas 15.30 horas, é inaugurada a
exposição Desertos Líquidos no Espaço CRIAR, que reúne trabalhos de investigação sobre o Alentejo, realizados em colaboração com o Royal College of Art de
Londres e a CACO (Associação de Artesãos do Concelho de Odemira).
O seminário é realizado pela Apordoc-Associação pelo Documentário e conta com o
apoio do ICA-Instituto do Cinema e do Audiovisual, Ministério da Cultura e da câmara
de Odemira.
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