Os socialistas querem que o Barranquenho seja protegido e valorizado como expressão da diversidade cultural de Portugal, marca da identidade de uma comunidade.

O projeto de lei, sustenta que o “Estado Português deve reconhecer o direito a cultivar e promover o Barranquenho, enquanto património cultural imaterial, instrumento de comunicação e de reforço de identidade da população de Barrancos, reconhecendo ainda o direito à aprendizagem do Barranquenho, nos termos a regulamentar, em articulação com a autarquia local e o agrupamento de escolas.”

No documento é recordado que “o Barranquenho, uma língua híbrida, ainda que sem tradição escrita, única no mundo pelo seu carácter misto de português e espanhol, falado pelos cerca de 1300 residentes e por todos os naturais do concelho há vários séculos, constitui, pois, um lugar de encontro de culturas peninsulares.”

De acordo com os deputados do PS, o Barranquenho “guarda um resquício da literatura oral peninsular e, provavelmente, o último vestígio das origens da cultura musical procedente da zona nordeste portuguesa, entre muitas outras especificidades, relacionadas com as tradições orais, musicais, culturais, costumes, culinária, artesanato, formas de fazer.”

Pedro do Carmo, deputado do PS eleito por Beja, afirma que o projeto de lei de proteção e valorização do Barranquenho, do qual é o primeiro subscritor,  surge porque existe o risco de se perder este património linguístico e revela algumas medidas propostas no documento.

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Ao Dr Pedro do Carmo, o meu agradecimento, sei que não sendo barranquenho sentes o mesmo que eles e que este passo é enorme, nunca dado mas que vai lavrar muito fundo com uma produção que queremos seja de muitas sementes. Obrigado

Romão Caçador Durão Durão

03/03/2021

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