Foto: Évora 2027

Em comunicado, a Associação Évora 2027, que gere a CEC, indicou que a iniciativa inaugural, intitulada “Sentir a Terra”, é o primeiro evento do projeto “Lá nas Árvores”, que inclui outros dois momentos, designados “Levantar Voo”, em 2026, e “Coexistir, Construindo Futuro”, em 2027.

“Sentir a Terra” vai decorrer, ao longo de quatro dias, em vários espaços da cidade, propondo ao público “uma escuta alargada sobre a relação entre a música, o território e a paisagem sonora, com particular foco na ligação ao Alentejo”, adiantou.

Segundo a associação, o programa do evento inicia-se com “O Canto das Sementes”, que pressupõe dois concertos pelo Ensemble DME, um no dia 23 e o outro no dia seguinte, ambos às 21:00, no auditório do Colégio Mateus d’Aranda.

O primeiro concerto é dedicado às obras “Hematite”, de Jaime Reis, “Sobre a areia o tempo poisa”, de Sara Carvalho, “Melancholia”, de Miguel Azguime, e, em estreia mundial, “Iconographiae”, de Valerio Sannicandro.

Já o segundo apresenta obras dos jovens compositores Luana Ambrósio, João Ricardo, Yanis Lel-Masri e Cristóvão Almeida, que, no processo criativo, “trabalharam inspirados em temas como a desflorestação ou a poluição nas redes digitais”, pode ler-se.

Segue-se, no dia 25, às 18:00, igualmente no auditório do Colégio Mateus d’Aranda, o concerto-conferência “Paisagem Sonora Natural e Património Imaterial do Alentejo”, com o compositor Carlos Marecos e a pianista Ana Telles.

A derradeira jornada da iniciativa começa, às 10:00, no Palácio D. Manuel, com um ‘workshop’, orientado pelo compositor Jaime Reis, que oferece uma experiência que estimula “um olhar criativo sobre o tratamento dos sons da natureza na música eletroacústica”.

No mesmo dia, mas às 18:00, no mesmo espaço, realiza-se um concerto “inteiramente dedicado à música acusmática”, com destaque para a interpretação da peça “Viola Sylvestris”, do compositor austríaco Thomas Gorbach.

Neste concerto, revelou Évora 2027, haverá ainda a estreia de uma obra da compositora Mariana Vieira, inspirada no som dos chocalhos, e serão apresentadas obras selecionadas através de uma chamada (‘open call’) para música, lançada em setembro.

Nos dias 25 e 26, entre as 14:00 e as 17:00, o Coreto do Jardim Público acolhe uma instalação sonora com peças acusmáticas escolhidas pela mesma chamada internacional, oferecendo ao público “uma escuta mais atenta às diferentes paisagens sonoras representadas nas obras”.

O projeto “Lá nas Árvores”, integrado na candidatura de Évora_27, é uma coprodução da Universidade de Évora, Projecto DME e Associação Lisboa Incomum, com direção artística de Ana Telles.


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