Foto: Justino Engana

Trata-se da empreitada de execução da segunda fase da ZAEN, que prevê a realização das obras necessárias para a infraestruturação de cinco lotes já vendidos para instalação de cinco empresas, explicou à agência Lusa o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio.

A obra prevê também a criação de uma via de comunicação para permitir a ligação entre a ZAEN, cuja “primeira fase está consolidada”, e o Parque Industrial de Beja, “estabelecido há cerca de duas décadas”, acrescentou.

O município já lançou o concurso público para adjudicar a empreitada, que tem um prazo de execução previsto de 10 meses, precisou o autarca, escusando-se a avançar uma data para o início da obra, mas admitindo que deverá terminar em 2023.

“Pelo valor, é uma obra isenta de necessidade de visto por parte do Tribunal de Contas, o que, no caso de o concurso público não ficar deserto, permitirá acelerar substancialmente os procedimentos”, disse, referindo que “a expectativa é que a obra esteja totalmente concluída antes do final de 2023”.

Segundo o autarca, a câmara também prevê modernizar a ZAEN para a tornar numa área de “nova geração”, em termos de energia e comunicações, num outro investimento estimado em 15,1 milhões de euros, um dos “mais expressivos de sempre do município”.

O projeto, “a primeira candidatura da Câmara de Beja aprovada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, prevê uma “transformação energética e comunicacional” da ZAEN e vai permitir autoprodução de energia solar, armazenamento e abastecimento de hidrogénio verde e modernização da rede de telecomunicações, explicou.

O investimento vai contribuir para “reduzir substancialmente a fatura energética” das empresas beneficiárias e para as tornar, “a médio prazo, bastante mais competitivas”, frisou.

O município contactou as cerca de 35 empresas que já estão instaladas ou são titulares de terrenos e preveem instalar-se na ZAEN e 25 aderiram ao projeto, pelo que vão beneficiar do investimento, precisou.

Segundo o município, o projeto prevê a instalação de várias infraestruturas e equipamentos, como uma central solar fotovoltaica de sete hectares para produção de energia, um posto de abastecimento de hidrogénio e cobertura com soluções de telecomunicações 5G.

O projeto vai implicar um investimento total estimado em 15.129.291,25 euros, financiado em 14.906.890,67 pelo PRR, com a Câmara de Beja a suportar os restantes 222.400,58 euros correspondes ao valor estimado de IVA não elegível no âmbito daquele programa.

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