O executivo da Câmara Municipal de Aljustrel, afirma que “desde a primeira hora, assumiu que a Saúde seria uma das prioridades do seu mandato, particularmente no momento de pós-pandemia que se vive, que veio colocar ainda em maior evidência as carências que já se verificavam, há muito tempo, ao nível dos serviços de saúde no território.”

Revela o município que “esta situação tem vindo a agravar-se com a saída, por diversas razões, de vários médicos que prestavam serviços de medicina geral e familiar no concelho.”

A autarquia da vila mineira “defende o atendimento médico 24 horas por dia em Aljustrel, serviços de exames a funcionar e um Centro de Saúde e Extensões de Saúde dotados de recursos humanos e técnicos que respondam às necessidades das populações, não as obrigando a deslocar-se para resolver problemas que poderiam ser supridos nas suas próprias localidades.”

O município “exige, particularmente, que cada habitante do concelho tenha acesso a médico de família” porque considera que “é inadmissível que tal não aconteça e é especialmente grave que o número de habitantes sem cobertura de médico de família, em Aljustrel e nas freguesias, tenha, inclusive, aumentado exponencialmente nos últimos tempos.”

Dados apontados pela Câmara de Aljustrel revelam que no concelho, “neste momento, praticamente uma em cada três pessoas não tem acesso a médico de família.”

A autarquia afirma que “não pode aceitar estes dados, porque por trás de cada número está uma pessoa” e aponta algumas medidas que, do seu ponto de vista, poderiam contribuir para ultrapassar esta falta de médicos.

Reativar o serviço de apoio à periferia, que no passado já deu grande prova de eficácia, levando médicos recém-licenciados para o interior do país, estimular os estágios tutelados de médicos estrangeiros, que beneficiariam os centros de saúde com o acompanhamento ou a realização de tarefas relevantes, a definir de acordo com as especificidades de cada local e avaliar previamente pela Ordem dos Médicos os cursos de Medicina em universidades estrangeiras, acelerando-se o processo de reconhecimento dos cursos, que é apenas uma das várias fases que os candidatos têm de percorrer até serem aceites são alguns dos caminhos apontados pela autarquia aljustrelense. É ainda defendida a criação de mecanismos que facilitem o acesso de médicos estrangeiros à profissão, nomeadamente concedendo apoios aos candidatos ao nível da aprendizagem do Português e de outras competências e exigências do processo de certificação.

O Município de Aljustrel garante que se vai bater por esta causa, “porque a Saúde é um direito e uma prioridade e estará sempre ao lado dos cidadãos do concelho na defesa dos seus direitos, sendo, se necessário, uma voz dissonante, sempre que sentir que não estão a ser acautelados os interesses e os direitos das populações.”

A esta altura está em discussão pública o Projeto do Regulamento Municipal de Apoio à Fixação de Médicos no concelho de Aljustrel, que prevê a atribuição de apoios à aquisição e aluguer de habitação e deslocação de médicos no concelho. 

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