Beja acolhe marcha pelo fim da violência contra mulheres
A cidade de Beja acolhe, a 25 de novembro, a marcha pelo fim da violência contra as mulheres. A organização pertence ao movimento cívico “No Alentejo somos mais a dizer NÃO à violência contra as mulheres”
A iniciativa tem início marcado para as 18.00 horas, na Praça da República, segue depois pelo Largo do Museu, Jardim do Bacalhau e termina nas Portas de Mértola. A marcha vai ser acompanhada, ao longo do percurso, com Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho e, no final, conta com a atuação do grupo coral feminino As Rosinhas de Santa Clara do Louredo.
A Marcha assinala o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, instaurado pelas Nações Unidas, e pretende alertar para as formas específicas de violência que, diariamente, atingem milhões de meninas e mulheres em todo o mundo.
Só nos primeiros seis meses do ano foram assassinadas, em Portugal, 13 pessoas em contexto de violência doméstica. Onze eram mulheres. A GNR e a PSP receberam, no mesmo período, mais de 18 mil denúncias, identificando mais de 21 mil vítimas. Em média, foram registadas quatro queixas hora, 102 por dia. A violência doméstica continua a ser o crime mais denunciado e o que mais mata em Portugal.
O movimento cívico promotor desta marcha afirma ainda que “a violência contra as mulheres não se cinge ao espaço doméstico e às relações de intimidade” uma vez que acontece também no espaço público, no mercado de trabalho, nas instituições, no mundo digital.
É ainda acrescentado que “as mulheres continuam a ser as principais vítimas de violação, abuso e agressão sexual, assédio moral e sexual, perseguição, intimidação, cyberbullying, exploração sexual, tráfico de seres humanos, casamentos infantis, precoces e forçados, mutilação genital feminina, violência obstétrica, limitações à liberdade sexual e reprodutiva” e o distrito de Beja “não foge a essa realidade.”
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